De acordo com o resultado das últimas pesquisas de intenção de votos, a candidatura de Dilma Roussef do PT a sucessão presidencial deve sair vitoriosa no pleito do dia 31. Temos aí mais uma semana para esta tendência se confirmar ou acontecer uma improvável virada tucana. Foram quase quatro meses de campanha eleitoral em que os tucanos tentaram desesperadamente desqualificar os feitos do governo do presidente Lula e desviar o foco da discussão, para o que realmente não interessa, isto é, ficar discutindo a cor do barco durante travessia de um rio infestado de piranhas. Estratégias a parte, o fato é que as campanhas eleitorais ditas modernas, pós marqueteiros, se tornaram apenas uma contenda entre ganhar ou perder. E nesta disputa, os fins justificam os meios. Temas que são caros a população e que determinam o futuro de gerações são solenemente ignorados pelos marqueteiros políticos. Crescimento econômico, geração de empregos, distribuição de renda, foram temas proibidos pelos marqueteiros do tucano José Serra. Isto numa concepção puramente estratégica seria como dar munição ao inimigo. No lugar disso, falou-se em corporativismo petista, aparelhamento do estado, censura aos meios de comunicação e o ataque à liberdade de imprensa e outros ataques como o de fitas adesivas e bolinhas de papel ao candidato tucano. A imprensa por sua vez, cumpriu seu papel de isenção e imparcialidade e voou toda para o ninho dos tucanos. A grande imprensa, a pequena, a nanica, os meios de comunicação falado, televisado e agora computadorizados, também foram quase unânimes em atacar e desqualificar os feitos do governo petista, num exercício equivalente a tapar o sol com a peneira.
Tudo isso, porque com a eleição do governo petista, novas prioridades e filosofias entraram em vigor, contrariando interesses já estabelecidos há anos, mas que numa democracia, torna-se fato normal devido à alternância do poder. O circo está armado, o picadeiro pronto, o palco iluminado, os ingressos distribuídos, tudo pronto para mais uma encenação da grande peça popular, “A festa da democracia”. Longe de ser um espetáculo dos sonhos, é o que temos em cartaz. Portanto, que vença o melhor, ou melhor, que vença aquele que conseguir mais votos. Do boi só se perde o berro, e é, justamente o que eu vim apresentar. (Ednardo)
Nota do Editor: Alex Frederick Cortez Costa (fredcortez@uol.com.br) reside em Ubatuba desde 1996.
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