Julinho Mendes | |
Não sei o que aconteceu, só sei que depois da história do “Zé Moção, surto ou peso na consciência?”, algo de realidade aconteceu. Pensei que fosse sonho meu, mas não, alguns buracos de minha rua estavam sendo aterrados e nessa minha inusitada visão, tive um pensamento que, quem sabe, agora, depois do banho de consciência que alguns de nossos afastados edis talvez tiveram, em função da lambança do caso do Conselho Tutelar, espero que alguns deles aproveitem a idéia para começarem a fazer algo pela cidade e pelos munícipes. Vejam bem a imagem acima. O que poderiam legislar os nobres edis? O que poderia fazer o nobre executivo? Poderiam os mesmos criar leis e condições para a municipalidade coletar entulhos de construções em reformas (materiais de alvenaria) que são muitos e que por sua vez, levado a um local adequado (Emdurb, por exemplo) poderiam ser reciclados, retornando como material de tapa-buracos, de base para pavimentação, de mistura para concreto etc. Não é, na verdade, nenhuma idéia nova ou inédita. Várias cidades com administradores competentes e políticos sérios que realmente se preocupam com o bem estar da população já aplicam esse sistema, e todos ganham; ganha a pessoa que precisa se desfazer de seu entulho, ganha a cidade que economiza na compra de outros materiais industrializados e que teriam suas ruas menos esburacadas e ganha o político por ser um administrador consciente e revolucionário empreendedor. Tivemos um carnaval de morteiros e porradas, tivemos a quebra de uma tradição de oitenta e seis anos sem a procissão marítima na festa de São Pedro dos pescadores, tivemos vereadores afastados, tivemos o muro da vergonha, tivemos a notícia da apreensão dos computadores da Prefeitura e Câmara Municipal pela polícia para investigação... tivemos todas essas vergonhas patrocinadas pelos politiqueiros de plantão. Chega! Tá na hora desses que a população confiou seu voto de prosperidade para a cidade tomarem vergonha e começarem a trabalhar. Chega de moções, de orelhões, de tapeações. Enquanto ficamos nisso, Caraguatatuba, Paraty, São Luiz do Paraitinga... vão se desenvolvendo. Quem foi na Festa da Cachaça em Paraty? Quem foi no Festival de Folclore em Caraguá? Eu fui! E quem foi viu o quanto os administradores de lá fazem para desenvolver o turismo e a economia de suas cidades, e nós aqui, ó... Afundando na politicalha dos politiqueiros. E a coisa insiste em continuar! Eu fico triste em ver e saber que pessoas com certo grau de estudo e de cultura, se sujeitam a colocar em suas casas e em seus carros, as figuras sorridentes e de sorrisinhos apoiadores (propaganda eleitoral), de candidatos que encontram-se com o nome incluído no “Ficha Suja”, impugnados pela justiça eleitoral. Não importa se a justiça ainda vai julgar as liminares; só pelo fato de o candidato não ter uma ficha limpa, não merece nossa confiança, não merece nosso voto. É assim que temos que agir para que nossa cidade, nosso país, mude pra melhor. O foguetório foi grande nessa segunda-feira (23) em nossa cidade em recepção ao retorno dos vereadores afastados. Vamos soltar foguetes sim, na esperança de que os mesmos, pelos dizeres da Bíblia e pelo bem estar do povo e progresso da cidade, comecem a trabalhar e façam jus aos fabulosos salários que ganham.
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