Marcos Guerra

Diferentemente do que foi publicado por parte da imprensa, sensacionalista e desinformada, a operação realizada, no último dia 19, que aprendeu computadores da Prefeitura e Câmara de Ubatuba, não possui qualquer ligação com o afastamento dos conselheiros tutelares e vereadores.

A matéria que tentou ligar os fatos é totalmente absurda e interessa única e exclusivamente aos que pretendam omitir o que realmente ocorreu. Estranhamente, o prefeito de Ubatuba e o próprio presidente da Câmara de Ubatuba, não forneceram maiores detalhes sobre a operação de busca e apreensão, bem como sobre os dados do processo que levou a tal pedido. A população possui o direito de saber mais detalhes sobre o caso e não é admissível supor que computadores sejam levados sem que algum documento judicial tenha sido apresentado.

Tráfico de influência, cancelamento de débitos fiscais sem o devido pagamento, são duas das hipóteses que andam nas ruas de Ubatuba. Ambas são fatos que há muito são de conhecimento de todo e qualquer cidadão minimamente informado. Quais razões teriam levado a, somente agora, tais fatos serem alvo de uma investigação mais rigorosa? Se existiu desvio de créditos municipais, qual foi o valor desviado? Qual a qualidade do sistema de informática e controle financeiro da Prefeitura? Há a possibilidade de pedido de afastamento do prefeito?

Mais uma vez a população possui perguntas e não encontra quem esteja disposto a fornecer respostas. Muro no meio da rua, afastamento indevido de vereadores e apreensão de computadores são as únicas maneiras de Ubatuba aparecer na mídia. Ainda bem que fatos como a falta de licitação da Cruz Vermelha, recebimento ilegal de verbas do SUS, intervenção indevida e ilegal na Câmara e atuação indevida de um promotor que persiste em perseguir e permanecer em Ubatuba, não foram temas, até então, do noticiário nacional. Certamente estes temas propiciariam excelentes matérias sobre uma cidade sem rumo e sem comando.