Tevê à manivela
Dentro do mundo das estrelas e do estrelato é bem verdade concluir que existem coisas que nem deveriam ter começado. Ou que, paradas no meio do caminho, não causam mais grande efeito. Tal em afirmar também que muitos escândalos públicos não alarmam mais, tudo vai muito como na lei de consumo. Os dividendos, ora, deixemos – por hora – de lado. O que importa na maioria das vezes é não aglomerar aonde se quer chegar, verdade? Alguém para “cristo”, na pauta do dia, para não passar em branco? Já que do primeiro ato a gente nunca esquece (como do primeiro sutiã no remember do comercial antigo, de 1987, em que a mocinha feliz da vida experimentava o seu, livre dos turbinados silicones) a comédia da vida, como a da vida real, em cena entra o verdadeiro porque de muitas vezes o sujeito querer passar nas tais brancas ondas nuvens, pensando que ninguém acompanhou seu último gesto. Atos secretos é só pro vovô do Senado (aquele do fio de bigode que disse que não saía e não saiu) e ai de quem os cometeu. E como ainda na ordem do dia é ir espiando o que “eles” andam fazendo pelos corredores de Absulândia Brasilian Now, quem disse que os fichas-sujas iam recuar, hein? (Tempo para respirar, olha a “bombinha”...) Já que o making off politiqueiro começa a esquentar, quem sabe de início devessem oferecer logo os famosos kits ptsaudações com o linha-direta do Disk Dilma (D®) – sem esquecer de apertar o botão “estrelinha” – na hora da conversa ao pé do ouvido. Vamos espiar, que se ela, sic, a D® – de marca registrada – declarou que é “Luz para todos” (até mesmo para aqueles que gostam de viver no escurinho), estamos livres de futuros apagões! Em época de campanha, sabemos, são capazes de controlar nas rédeas fileiras e mais fileiras de cavalos marinhos até na reta de largada. Aliás, dentro do novo programa (?) do “transparência zero”, com o porta-voz da candidata favorita a chegar lá (longe), dizem que vamos poder contar com a ala dos políticos genéricos. Aqueles que querem ocupar cargos, mas, só não respondem a que vieram. Se para dançar no rebolation, para saudar as periquitas musas das arquibancadas, tudo é possível. Se andamos passados, ora, bolas! De fábulas mal contadas, do tipo das que não foram escritas sequer nos gibis, vai ver que foi por isso que o Lula virou, tempos desses, personagem de desenho animado do South Park americano com os aplausos do NÚMERO UM Barack Obama. So what! Lesson number one! Well... Ou que bem antes do Trem-bala passar por aqui, pelo menos em pensamento, (há quem prometa) teremos direito a bilhete único no eixo Rio-São Paulo City e não vai ser coisa de made in Japan Machine, não! À base da manivela, nem se fala! Quer outra!? Que pela nossa santa malvadeza em questão, se no refrão da querida cantora Baby do Brasil, “Todo dia era dia de índio”, não surgir em uma nova versão, não vai ser mole, não. Aposte, ALTO, agora tudo vai dar certo. Só não esqueça que vibramos bem além dos mais de 120 milhões em ação “Pra frente Brasil”, salve a nossa nova seleção. Politicamente correta, né? Quanto ao Alexandre O GRANDE, se ele ainda não pagou o PATO, pelo menos contamos com a chance de afogar o GANSO fora de uma novela global, digamos, “Passione”. Não tem como fugir. Regra é regra e ponto final. Porém, só não vamos apostar de tabela – nem por pesquisa de ibope – quem é que fica para a final nas Eleições 2010. Principalmente quando eles entrevistam só a ala de um mesmo partido, hã!? Pegou? Hein... (não “tô” ouvindo, “tô” sem sinal, o via-cabo soltou). Agora tudo funciona assim: o Mundial de 2014, o trem D® da alegria, e a (re)descoberta do Brasil com muito “Anestesiol” e “Simancol” a qualquer hora do dia. E se repetimos por aqui algo assim do “transparência zero” é porque os outros não deram muito certo. Como o NOSSOCARA vivia dizendo (só não pode chorar porque “Moscou – igual no filme do Vladimir Menshow, 1979 – não acredita em lágrimas”), “cortar na carne”, “apurar”, então, façam fila – dupla! – que a nova reprise eleitoreira também brinda o non sense nacional. Brincar de meu vilão, meu vilãozinho não pode. Olhe-lá! E ademã e de leve que eu vou mais é pegar uma telona na bandeira do “O Bem Amado”, do Dias Gomes, e que venham mais discípulos do Odorico Paraguaçu para ilustrar um pouco mais dessa nossa fictícia Sucupira que co-habitamos nós. (Post Scriptum). Do famoso PS.: Não é que numa vaga lembrança dos anos 70´s que trago – desde pequenininho – de um certo candidato no palanque, bradando em voz alta: “Povo de Vila do Livramento, durante o meu governo...”. Só não manjei que marca de pastilha ele sacou do fundo do bolso em meio ao rol de tamanhas promessas junto ao bichinho do hã-hã. De tabletes Valda é que não era. Fui.
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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