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COLUNISTA
Julinho Mendes
16/07/2010 - 08h02
Festival de “micolíticos”, no inverno
 
 

Cumbuca é uma espécie de cabaça para armazenar água, muito utilizada nas regiões secas do Brasil. É usada também como uma espécie de armadilha para capturar jovens inexperientes e gananciosos macacos, funciona mais ou menos assim: faz-se uma abertura circular na base da cabaça onde a mão do animal passa bem justo; dentro da cabaça coloca-se uma fruta; ao segurar a fruta e tentar retirá-la de dentro da cumbuca, o macaco fica preso porque a mão que cresceu (ao pegar a fruta) não consegue passar pelo buraco; o bicho não tem a capacidade de raciocínio de soltar a fruta para se livrar, ficando então preso e sendo facilmente capturado. Os macacos velhos, por observâncias da fatal armadilha, não colocam a mão na cumbuca, daí o ditado: “Macaco velho não mete a mão em cumbuca.”

Numa determinada moita de uma cidadezinha da mata, atlântica, três jovens, inexperientes e já gananciosos primatas: um mico, um sagüi e um bugio, correligionários, meteram a mão na cumbuca. A cumbuca na qual meteram a mão estava recheada de votinhos.

- Oooobaaaa! Votinhos é com nóis mesmo! - Falaram os três porquinhos, digo, os três miquinhos, que de olhos reluzindo e de mãos grandes, juntos, agiram e foram pegos pela cumbuca da justiça.

Não foi por falta de aviso, pois os macacos velhos aconselharam:

- Não metam a mão na cumbuca!

Mas os miquinhos novos responderam: “Se conselho fosse bom não se dava, vendia”. Neste caso, tanto dado como vendido, o “conselho” não adiantou nada, pois todos foram pegos pela cumbuca.

E como nessa mata não se perde tempo, quando um mico é cassado, outro assume o lugar. Tristeza para alguns, alegria para outros.

Os macacos que por hora assumem, são de patentes, vamos torcer para que ponham a mata em ordem e façam cumprir suas verdadeiras funções: fiscalizar a mata e principalmente o rei da mata.

E acontece um fato curioso na moita da cidadezinha da mata, atlântica. Um outro primata, considerado o rei das moções, também na intenção de angariar futuros votinhos, deu moções aos membros recém-eleitos para o Conselho que nem sequer teve tempo de mostrar trabalho. E agora, como fica? As moções de congratulações emitidas aos conselheiros afastados do Conselho serão revogadas?

Provavelmente já estão preparando moções de congratulações aos suplentes do Conselho.

Cá pra nós: com tantos projetos necessários nas áreas da educação, social, cultura, esportes, saúde, ecologia, infra-estrutura... que a cidade precisa e os caras fazendo campanha para elegerem conselheiros tutelares. Moções?! Fala sério!

É minha gente, dá desânimo! Enquanto cidades vizinhas destacam-se com a realização de festivais de inverno, feiras internacionais de literatura, peças teatrais, shows musicais, campeonatos esportivos... a cidadezinha destaca-se com um festival de “micolíticos”.

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