A inversão de valores é prática comum em nossa sociedade e pode melhor ser notada e demonstrada em cidades pequenas como Ubatuba, em especial na vida política. Lobos em pele de cordeiro, hipócritas ou simplesmente aproveitadores da boa fé do cidadão, são apenas alguns dos adjetivos que podem ser utilizados para classificar esse tipo de pessoas que, não necessariamente são políticos, mas obrigatoriamente vivem às custas de algum cargo ou benesse pública. Esses tipos de pessoas que não podem ser denominados cidadãos costumam ser extremamente sensíveis a qualquer tipo de crítica ou constatação de uma realidade por eles criada. Utilizam os bens e dinheiro público como se próprio fosse e se consideram acima de qualquer lei existente. Para os mesmos obras podem ser efetuadas sem o devido alvará e horas extras devem ser remuneradas mesmo que não trabalhadas pois, afinal de contas, na cabeça deles, mais do que simplesmente terem o poder, pensam ser o poder. Quando não estão parados como um dois de paus em locais inapropriados, como os degraus da escada da Câmara, estão ocupados em proteger agentes públicos que cometem assédio moral contra funcionários e cidadãos de bem. Para satisfazer seus desejos e manter o status quo tudo é permitido, até mesmo a utilização, em mandado de segurança, de advogado impedido de exercer a profissão. Utilização indevida do sistema Judiciário, prática de nepotismo, desvio de verbas federais, má utilização do dinheiro público, peculato, falsidade ideológica, contratações sem o devido processo de licitação, recebimento de horas extras não trabalhadas e concursos duvidosos, são os instrumentos de trabalho dessas pessoas. Idolatram e sustentam a mídia chapa-branca e condenam veementemente aqueles que mostram a realidade dos fatos e das ações. Mesmo afirmando que as notícias publicadas pelos verdadeiros e autênticos cidadãos são mentirosas, os que pensam ser o poder as lêem diariamente. Quando não obtêm êxito em suas investidas na mídia chapa-branca, optam por tentar denegrir e intimidar as pessoas que por algum motivo tenham tido algum contato com os cidadãos de bem. Por falta de coragem e hombridade tais assédios morais são efetuados as escondidas. Mais aflitos que mulher de biquíni branco surpreendida por um ciclo menstrual, os que pensam ter e ser o poder tentam se ocultar pelos cantos ao verem os verdadeiros cidadãos circularem pelas ruas da cidade. As tentativas de denegrir a imagem das pessoas de bem se torna mais inócua a cada dia e o número de pessoas que se cansaram dos desmandos cometidos, pelos que recebem para gerir e manter o patrimônio público, aumenta constantemente. Conceitos básicos de significado e função do agente público e político já são de conhecimento de grande parte da população. O conhecimento faz com que atitudes sejam tomadas e faz com que novos níveis de consciência, valores e anseios sejam estabelecidos. Nesse sentido Ações Judiciais já julgadas podem servir de prova para novas ações de ressarcimento do erário público e até mesmo de improbidade administrativa. Enfim a brincadeira apenas começou pois as iscas foram lançadas e já há inúmeros peixes famintos que as abocanharam e estão prestes a serem colocados em seu devido lugar. Nos próximos 120 dias passos importantes serão dados e a população conseguirá ver, gradativamente, o início de mudanças significativas que farão com que Ubatuba se livre dos atuais parasitas que infestam a administração municipal e dilapidam o patrimônio público.
Nota do Editor: Marcos de Barros Leopoldo Guerra, natural de São Paulo - SP, morador de Ubatuba desde 2001, é empresário na área de consultoria tributária.
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