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E os dois saíram felizes e de barriguinha cheia em caminhada pelos caminhos de Anchieta, fazendo fon-fon (saudação portuguesa) pra todos que encontravam pelo caminho... Ao atravessarem a ponte da barra do rio Lagoa, Manoel Lopes avista dois objetos não identificados: - Alá Çilvo, o que é aquilo? O português de descendência viking norueguesa, responde: - São dois baldes sem tampas! - Sem tampas? - É! Sem tampas, devem ser lixeiras. - Mas lixeira tem que ter tampa senão ajunta água, vira criadouro de dengue e faz esse caminho de Anchieta ficar uma fedentia só. - É! Cê tem razão, vamos ver de perto. - Olha Manoel, tem um saco preto dentro. - Ah! Já sei Çilvo, são armadilhas pra capturar o mosquito da dengue. - É, tem razão, os brasileiros são inteligentes mesmo, hei Manoel? - Vamos descobrir o inventor e dá-lhe uma moção. Continuaram a caminhada e vinte metros à frente: - Olha Manoel ali tem outras duas armadilhas daquelas. - É rapaz, o prefeito daqui não dorme no ponto não, é um verdadeiro caçador de dengue. - É Manoel, eu li na internet que o homem é o terror da dengue, mas e a saúde??? A saúde agora, tá jogando a cruz nas costas da Cruz Vermelha. Vamos dar moção pro homem, Manoel? - Não merece, não! Esse negócio com a Cruz Vermelha vai crucificar muita gente aqui ainda. Mais à frente, e já escurecendo, outra descoberta inusitada dos lusitanos, nos caminhos de Anchieta, nas antigas terras de Coaquira. - Manoel, tá vendo o que tô vendo? - Não! O que foi? - Aquilo ali não é uma luminária? - É! Tem uma luz acesa num postinho enferrujado! - Não seria mais uma armadilha para capturar dengue? - É mesmo Manoel, é uma luminária carnívora! - Que idéia fantástica, hei Çilvo? - É mesmo! Como funciona, hei Manoel? - Não tá vendo, seu lerdo! A luminária fica de boca aberta, os mosquitos são atraídos pela lâmpada e na hora que eles entram no raio de ação, ela ó: innnnnhacccc. Come os mosquitos. - Vamos levar essa idéia pra Portugal, Manoel? - Vamos levar a idéia e também o prefeito dessa cidade, ele é um gênio, merece título de cidadão português e vamos ainda providenciar o prêmio Nobel de invenção! - E a moção? - Moção não merece, mas se você tá com vontade de dá, dê você a moção! - Ôôôôôôôbaaaaaaaaaaaaaaaaa! Valeu Manoel Lopes! E os dois seguiram os caminhos de Anchieta, fazendo fon-fon pra todos que encontravam pelo caminho...
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