Marcos Guerra | |
Como a falta de fontes dignas de confiança parece ser o grande problema de Ubatuba e considerando que não confio em nenhuma informação que seja proferida por Eduardo Cesar, resolvi acessar os meios devidos para que informações concretas pudessem ser obtidas, no que se refere a uma suposta administração da Cruz Vermelha na Santa Casa de Ubatuba. Conforme já havia comunicado a meus leitores, o presidente nacional da Cruz Vermelha me convocou para uma reunião, com sua Diretoria, para tratar do tema Cruz Vermelha, CIAP, Ubatuba e Santa Casa de Ubatuba. Ontem, dia 13 de abril, na sede da Cruz Vermelha no Rio de Janeiro, durante mais de 2 horas foram minuciosamente discutidos os temas acima referenciados. Preliminarmente é de extrema importância relatar que fiquei muitíssimo bem impressionado com o profissionalismo, a experiência, transparência, dedicação e interesse dos diretores da Cruz Vermelha com os temas abordados e a situação criada. Da mesma forma fiquei extremamente constrangido pois como se não bastassem os constrangimentos pelos quais Eduardo e Cia., fazem a população passar constantemente, os mesmos se superaram e conseguiram criar um constrangimento internacional. Fazer o que, afinal de contas quem dorme com criança corre o risco de acordar molhado. Não vou conseguir abordar em uma matéria todos os itens discutidos em duas horas de reunião. Como relevante para hoje posso citar: - o presidente nacional da Cruz Vermelha não reconhece a validade da assinatura da Santa Casa de Ubatuba no termo de intenções firmado pois, Jair Antônio de Souza não pertence aos quadros da Santa Casa e sim da Prefeitura. Nesse sentido o presidente nacional da Cruz Vermelha considera que o contrato de intenções foi estabelecido entre Prefeitura, Cruz Vermelha filial São Paulo e filial Maranhão; - o presidente nacional da Cruz Vermelha não obteve informações, até então, sobre as funções de Marcos Romero Sanches, o qual se qualificou como gerente da Cruz Vermelha. Segundo o presidente nacional da Cruz Vermelha a função declarada pelo mesmo inexiste e o cartão apresentado pelo mesmo será minuciosamente verificado; - o presidente nacional da Cruz Vermelha determinou a filial São Paulo que esclarecesse diversos quesitos relacionados a capacidade financeira da Santa Casa de Ubatuba. Muitas de minhas perguntas foram reiteradas pelo presidente, pois o mesmo considerou minhas indagações coerentes e relevantes; - o relatório da Cruz Vermelha já foi entregue e possui 80 páginas. Concluiu-se que a Cruz Vermelha estaria, no máximo, disposta a fazer uma gestão parcial da Santa Casa de Ubatuba, onde toda e qualquer dívida existente seria de responsabilidade da Prefeitura de Ubatuba; - nenhuma medida será tomada sem que as perguntas por mim efetuadas, reiteradas pelo presidente nacional e ampliadas pelo mesmo, sejam totalmente respondidas de maneira a indicar a inexistência de qualquer risco financeiro e moral para a Cruz Vermelha; - a dívida atual da Santa Casa de Ubatuba, pós intervenção municipal é de cerca de R$ 30 milhões; - apesar de ser autônoma, a Cruz Vermelha filial São Paulo não poderá assinar qualquer termo com Ubatuba, antes de serem sanadas todas as dúvidas que envolvem mais esta aventura de Eduardo Cesar; - os históricos de Clingel Frota, Jair Antônio de Souza e Enos Arneiro, foram apresentados e deixaram a diretoria nacional da Cruz Vermelha sem palavras. Assim termina o primeiro capítulo do fim de Eduardo Cesar.
Nota do Editor: Marcos de Barros Leopoldo Guerra, natural de São Paulo - SP, morador de Ubatuba desde 2001, é empresário na área de consultoria tributária.
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