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COLUNISTA
Julinho Mendes
12/04/2010 - 10h06
Big Brother Ubatuba 10 - Dudu e o paredão
 
 
Miguel Angel 

Devido algumas circunstâncias, acho que estou me tornando um filósofo, ou pelo menos iniciando na carreira, pois criei recentemente dois pensamentos, que segundo um professor de filosofia (amigo meu), certificou catedraticamente que as frases são de profunda e da mais sublime filosofia. O primeiro pensamento diz o seguinte: “Todo mundo é bom, até a hora que não prestar mais”. Esse pensamento fiz em dedicação a alguns políticos e seus respectivos cupinchas, que antes e na tentativa de subirem ao poder me olhavam com olhos de alegres gaviões, hoje porém, me olham com olhos de boi bravo. Mas para político, esse pensamento é cíclico, pois políticos e cupinchas, uma hora estão por cima, outra ora estão por baixo, aí com certeza, político que se preza, rapidinho volta ao estado de alegres gaviões, e com certeza volta com tapinhas nas costas, aperto de mãos e dando razão ao que escrevemos e pensamos.

O segundo pensamento é o seguinte: “Turismo existe, porque existe beleza pra olhar e olhos pra enxergar”. Esse pensamento se deu após ler e observar o “De olho em Ubatuba” de 09/04/10, e como escreve Luiz Moura: “O patrimônio visual do município, na “era Dudu”, sofreu uma dilapidação nunca antes vista...”. De fato: amendoeira centenária retirada de seu primitivo lugar, mosaico português trocado por tijolinhos de cimento fraco e agora o visual de um tri-centenário edifício colonial religioso (Igreja Matriz) sendo trocado por um paredão de blocos de concreto; realmente o nosso patrimônio visual, importante para a fomentação de um turismo de qualidade, cai em destruição.

Diz a lenda que um político (só podia ser político) de outra ocasião, ao ser entrevistado por uma repórter da capital a respeito do tombamento do prédio do Casarão do Porto pelo CONDEPHAAT, respondeu o seguinte: - Minha jovem, você não vê que esse prédio está velho demais e a melhor coisa que se faz é tombar esta porcaria mesmo, antes caia na cabeça de algum “infelizardo”!

E foi o que realmente aconteceu, não com o último dos Casarões que hoje espera por uma grande e necessária restauração, mas sim com todo centro histórico colonial de Ubatuba, que políticos da época não tiveram a visão de que nossa arquitetura antiga seria hoje a menina dos olhos para um turismo de nível internacional.

Mas voltando a destruição do visual que se tinha da Igreja Matriz, dos pontos de quem se encontra em volta da boca da barra do rio Grande, realmente uma perda lastimável. Mas há ainda uma simples, barata, revolucionária, curiosa e atrativa solução: reproduzir no paredão de concreto erguido por Dudu a Igreja Matriz, de forma que, quem olhar da região citada, veja a imagem da nossa tão querida Igreja. Eu indico para fazer esse trabalho, três grandes nomes da pintura artística de Ubatuba: Valdir do Zé Vieira (D’águas), Wladimir Ferreira da Silva e João Teixeira Leite.

Para incrementar e tornar a região até um ponto de visitação religiosa, “Dudu” deveria virar a estátua de São Pedro Pescador, fazendo-a olhar em direção a reprodução da Igreja que antecederia a Igreja Matriz. Nessa transformação não faltará gente pra dizer que um milagre aconteceu no local, e para um povo que de fé vive, multidão não faltará, não só para apreciar a beleza do local, mas também para rezar e fazer promessas.

Não sabemos se “Dudu” acatará a idéia de fazer a reprodução da igreja no feioso paredão de concreto do tal mascarado teatro, mas se necessário for, podemos pedir a algum vereador da “bancada católica” para providenciar lei para tal projeto. Mas vamos aqui nos precaver! Se por ventura tal projeto vier a ser aprovado e executado, com certeza também não faltará vereador oportunista criando lei permitindo concessão a carrinho de cachorro quente no local. Aí, meus amigos, não terá santo e nem igreja que conserte o turismo dessa cidade; e com certeza a fama de Cunhambebe e sua praga continuarão. Coitado de Cunhambebe!

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