Tevê à manivela
Tudo a ver com o magnífico e “admirável mundo novo” próximo das engenhocas que estão no meio de nós, que de dedos-duros não precisamos mais tanto assim – quem não se lembra do Roberto Jefferson, que ganhou um olho socado, hã? – bem como do que praguejaram apenas de podre no reino da Dinamarca, olha o mensalão do DEM aí, minha gente! Claro, bem longe de dizer daquele pobre coitado que associaram “da mentira com a perna curta”. Tem bênçãos que passam além de ser divinas, produzidas com o santo óleo não arrisco quem. – Aleluia!? Estamos sendo filmados. Diga xis, giz, mesmo que no riso curto, amarelado. Não estamos sós. Custe o que custar – e como não vai ser a última – DEEM-se por convencidos. O panetone está garantido até mesmo para aqueles menos afortunados e que ainda acreditam em papai noel em vias de calendário eleitoreiro. – Amém!? Somemos, irmãos! Somemos... Que a suada partilha tem que se multiplicar. E há quem afirme na montagem de claquetes, nos dublês, daqueles que desafiam o grosso da gravidade da atmosfera – eu não sabia, juro que não sabia (que atuar na tomada UM ia provocar na 2, 3, 4). Nessa o tio Patinas perdeu terreno para o que corre solto por baixo dos panos, na cueca, na mala, nas soquetes. “Por que fazer uso de malas se posso fazer uso dos bolsos?”. Embolsar é mais que preciso. Como? Alguém aí no fundo da sala quis provocar no repente (sic, de repentista) de “meu DEM e do meu MAU”, é? Nosso omelete – à brasileira – de final de ano tinha que ser servido quente, bolas! Sem esquecer que os ovos estalados também entram no cardápio dos corredores de Absulândia Brazilian (Now!). Que o cuscuz, ora, ora, ora, quando amanhecido, nem se fala! DEEM-me motivos para trocar a nossa santa malvadeza por uma simples caneta filmadora que eu digo que aquela voz não era minha. Montagem. Balela. “All Caguete”. Mão leve. Mão boba. Olho gordo. Inveja. Obra de macumbaria. Fajutagem e o que você quiser empregar mais como estepe. E como empregam! Ainda mais quando se trata de câmeras-man amadores. Vale algum tipo de benzedura, galhos de ARRUDA, para trazer maior sorte, proteção? Rios de dinheiro, caixa dois, três... Afinal, fazendo as contas, na ponta dos dedos, uns trocados a mais no meu mensalinho pode se tornar um, UM... E quero lá saber quantos zeros tem um milhão! O que importa é que venha. Não estamos falando em correr a sacolinha ao bom exemplo de obstinados mandatários eleitos pelo povo a darem conta das suas pastas? Ou que, sob a luz de um tamanho bem querer ($), Glória ao nosso salvador da pátria (não confundir com o “cara”, agora na pele de ator de cinema). E não duvide que depois da “Fazenda 2” não entre, em breve, “O curral”. – Aleluia!? Help! Please! DEEM-me, sim, novas idéias! Sejamos fortes, vitoriosos, pois, não há mal que dure tanto. Tudo é pura provação. Galhos de arruda. Ou que o finado Abrahan Lincoln estivesse, sim, redondamente enganado naquele seu verbete insosso do “pode-se enganar o povo parte do tempo”. Troca-se de partido, de legenda, e tudo vai indo bem. Só não esqueçam do voto da (des)confiança, que 2010 já está encostando! Lembre-se, não tem jeito. Eles estão aí, minha gente! Atentos, observando, filmando na cor da sua humilde renda mensal o quanto pode ser importante criar – não duvide – mais uma comissão recheada de “Surprises party”! Tome nota ainda que na receita da Ana Maria a sopa de jiló e o pudim de beterraba pode entrar na lista da ceia com promissores hou hou hou! Claro, não querias fechar o ano com chave de ouro? De mãos dadas vamos resgatar a imagem que tanto querem, com “a mão na massa”, estalando “alguns” abençoados trocados por fora. E para não dar muito no bico, o bom mesmo é manter-se esperto que o pote não secou. “Eles estão por perto, à deriva, observando seus movimentos, tirando seus rendimentos, ansiosos por seus prósperos e futuros votos”. Genuinamente falando, ganhando terreno, “propinando”. Sempre na boa lábia e linguística da coisa, surrupiando novos projetos. Para que tudo fique às claras, na transparência zero. – Aleluia!? Só não vamos esquecer de dizer o que no princípio era o verbo e que depois passaria às verbas. Findo o fato, sejamos Prudentes! Oremos!!!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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