Tevê à manivela
Como é, não deu ainda aquela famosa esticada de olho no novo reality show fazendário? Nem bem começou ainda a segunda etapa e já planejam a terceira “A Fazenda” pra bater todos os recordes de audiência na oratória da “vida dos outros”. Perguntas infames e elogios quanto aos 16 concorrentes na vigília do milhão é que não param de chegar. Tal aquela do “pega marrecos” e se vai baixar o espírito do Raul Seixas pra ensaiar outro rock das aranhas tudo virou piadinha batida. Reticências a parte... o novo reality está no ar e não precisamos dar nomes aos muitos bois, nem sob a batuta de quem, pois todos são da casa. É ver, torcer, ouvir, goz(...) e relaxar! Afff! Só não esqueça de votar e eliminar no repertório das indescritíveis e sinceras afinidades e que tudo tem o jeitinho brasileiro do que nem bem assistimos ontem e já estão lascando na tela da Casa de Vidro, que é pra todo mundo enxergar até a etiqueta do que eles usam por baixo dos panos. Nessa, creio, a pulga anda é treinando malabarismo atrás das orelhas. É ver, gostar, coçar, deletar (ops) e... Tanto é que penso em instalar um “linha direta” com essa rapaziada 24h D/N (Dia/Noite), isto sim, que é pra ir armazenando minha soma de votos pra cima da Carina Bacchi no bordão do “já levou”. Visto o fato – e se é de direito –, igual aqueles melodramas dublados que colocam pra gente engolir (e depois digerir, como postulou aquele senador “collorido”), por acaso não deixam os atores com cara de quem mastiga chiclete de bola sempre no sabor tuti-fruti? E quer outra! Com esse timásso todo aí perto do calorão imenso que promete fazer por aqui, logo mais vão começar a cantar é que o fogo está caindo. Aleluia! Podem passar a sacolinha e se é coisa de bispo, peão, rainha, também é da gente somar algo assim D., DMais(cedo). Oremos, irmãos, porque nessa nem mesmo a perereca na casa da minha vizinha escapa. Banguela, eu? Uma vírgula, que o meu biscoito gosto de molhar logo cedo no café da manhã. Sabe como é, a idade quando chega, chega pra todo mundo, mas ainda não me sinto cantando aquela música do “tô fraco”, não. Só não sopra que a vela apaga. É ver, curtir, assanhar e... Boas opções é que não vão faltar dentro dessa nova jogada assim. Tudo original, criativo. Delícias do meu Brasil, soy loco por ti América, tenho espírito de porco, e pode tirar o jumento da chuva que eu ando é de olho (grande, né?) no time daquelas oito divas (lati)fazendárias, correndo atrás de agarrar o pinto. Tanto é que vou incluir alguns desses flashes pra lá de reality show no arquivo dos meus favoritos. Afinal, com a prendada Maria João Abujamra por lá, preparando o café da manhã “pra nós” quinze, pois, um sempre fica de jejum, haja unhas pra roer nos dedos das mãos. Com a Cacau Melo dou um basta no contorcionismo da minha carcaça “40tona” e rôo até as unhas dos pés. Na pele das Oliveiras (Ana Paula e Andressa) bom, – D., D Adriana Bombom, olha a concorrência desleal, que eu não perdoo nem começo de filme no antigo preto e branco. E como já tinha declarado meu voto por aquelas trincheiras repletas de câmeras indiscretas pra cima da Karina Bacchi (por certo também louca pra segurar o seu ganço), boto meu último milhãozinho na parada e não se fala mais no assunto. O duro é sempre duvidar da força que o bicho preguiça tem que fazer na hora de mexer o caldo. Principalmente no refrão das 24h D/N (Dia/Noite) de reprises “inéditas” que eles colocam no ar. O resto é roça.
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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