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Quero uma explicação dos céus: O porque de um homem público não valorizar e apoiar a arte, a cultura e agora o civismo de seu povo. Vão dizer: “Lá vem o Julinho de novo com essa história de cultura!” Pois é! Tenho que falar, e não me cansarei de falar diante da “impregnante” e “incognificante” situação “vácuo-planetária” de desolação cultural criada pela administração presente. (Eduardo Souza, que não é César, me proteja e faça valer as palavras poético-alucinógenas citadas anteriormente.) O “nobre” acabou com o nosso Carnaval, não valoriza os artistas e a cultura caiçara e agora põe fim numa tradição que acredito ter mais de cem anos. O desfile cívico de comemoração do aniversário da cidade. Caramba! Que super-homem é este? E como diria o José Simões, da Folha: Contra carnaval, contra cultura popular, e agora contra desfile cívico, chamem o “Çuper-homem”, o herói sem cultura. Se hoje temos alguns jovens e grandes maestros, se temos diversos músicos e alguns grupos de música sinfônica, é porque o amigo Pedro P.T. Pinto, em sua administração, trouxe para Ubatuba o concurso estadual e brasileiro de fanfarras e bandas, foi um incentivo fabuloso que fez criar em cada escola da cidade um grupo de fanfarra; fanfarras que em curto período de tempo consagraram-se campeãs estaduais e brasileiras, gerenciadas pelas mãos de jovens músicos como Valdeci, Leandro, Edson Chagas e outros, que me perdoem esquecer os nomes. O prefeito José Nélio de Carvalho apoiou a criação das escolas de samba em Ubatuba e a valorização dada fez com que Ubatuba se tornasse a capital de samba no Litoral Norte nas décadas de setenta e oitenta; abriu-se campo de trabalho para costureiras, serralheiros, artesãos... Surgiram compositores, escritores de enredos, figurinistas. O meu amigo Odauri Carneiro, hoje é profissional em alegorias e adereços nas escolas de sambas de Taubaté, Pinda, Guará... Hoje, diante da necessidade de encaminhar jovens para a prática de atividades culturais, diante da necessidade de desenvolvimento turístico e social, diante da necessidade de resgatar e preservar a cultura da cidade, o nosso prêmio Nobel em “descultura” acaba com o carnaval, não apóia e valoriza a cultura local e enterra também a civismo de um povo. Respondam-me: “O que está acontecendo com a minha cidade?” Nélio, Pedro Paulo, por favor, expliquem para o “nobelístico Çuper”, a importância de se desenvolver a arte, a música, a dança, o carnaval, o desfile cívico na cidade. Estudos informam, e a prática diariamente é comprovada pela TV Globo através das ações do Criança Esperança, que o caminho para tirar crianças e adolescentes das ruas e das drogas, tornando-os cidadãos com identidade e valor, é através do desenvolvimento da arte, da cultura e do civismo. Não seria o desfile cívico em comemoração ao aniversário da cidade o momento auge de mostrar, de formar e preservar no povo o patriotismo, o orgulho, a identidade??? Quer mais orgulho para uma criança, um jovem, adultos e idosos, em mostrar, num desfile cívico a história da cidade, os esportes e os troféus que eles conquistaram para a cidade, a música sinfônica através das fanfarras que eles estariam aprendendo nas escolas, enfim... Como não se desenvolve um trabalho sério de transformação e manutenção cultural na cidade para culminar num desfile cívico, o que temos que acreditar é que a culpa agora é da suína. E em breve, provavelmente veremos nosso prefeito e sua comitiva indo para Cancum, no México, pois a Câmara Municipal aprovou o seguinte: “Projeto de Lei nº 106/09, do Executivo, que autoriza o Poder Executivo a reconhecer oficialmente o Título de ’Cidades Irmãs’, atribuído aos municípios de Ubatuba e Cancun – México”. Vai “Dudu”, somos bons pagadores de impostos e nada lhe faltará! Fala sério, em meu?!
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