Tevê à manivela
O que, não tem mais escutas vazias, distribuição de verbas por baixo dos panos, uma pitada do “tudo em família”, árvore genealógica, fio de bigode, castelinhos construídos em alto mar? Se tudo como dantes... então, dá a minha bola de volta que eu não quero mais brincar nem apitar nessa “onda de farisaísmo” que o Berzoini falou, tão logo o Lula-lá saiu-se com a pérola da possível coligação partidária Jesus&Judas pra governar o país. E isso não fica só na somatória peemidebista versus petista, sugando a hóstia. Vale o gole duplo do vinho seco? Pra matar a sede, oras! Recuemos, isto sim, ao quartel-general em Abrantes, digo, de Absulândia Brazilian (in Now)!, e vamos a uma ligeira boquinha perto do que chega no presente e admita-se lá, tão plastificado em nossas salas, que a forçada na dentadura postiça anda às mil maravilhas. Se é divertido, temos que falar até de quem tem o dom da palavra na sua mais sã rouquidão. Senão, é engolir à seca. Vai vendo, que vem vice-reinados por aí na ingênua pretensão de uma possível dobradinha de alguém querer (re)subir a rampa. Na linguagem do “ismo”, em cena, entra o superficialismo, o farisaísmo (dito a pouco), com todo mundo embustindo um “Zé-maneísmo” no chapéu de couro. Bolas, se eu vejo, logo penso, então, logo... valendo-me do que também dizia a minha avó sobre a bela viola e o pão bolorento. Bom, inovar ou copiar?, eis a pegadinha do já dito antes por essas entrelinhas, sem alterar muito no conjunto das novas idéias. Algo que ainda lamber sempre o prato do dia acaba perdendo o gosto. E não é só porque ele – o “cara” – falou, que vai abocanhar o vice do nobel, e pronto, sair na disputa dos votos pelo Brasil afora. Não duvide que o “fome zero” vira “total” na barriga vazia de Severino. No nordeste (lado), causando maior (in)PAC, claro. Será que a companheira Marisa aguenta a “pancadaria”? Haja calos na língua! De quem, eu não sei. Porque, ante a nossa santa malvadeza, temos mais é que nos inspirar em quem mais, hein? Daí o porque de tantas figuras de linguagem estar no meio de nós, sendo que muitas delas, “colocamos-lá”. Politicamente falando, nada se compara ao resumo de um simples exercício de classe. A propósito, Enem vale ou não vale!? (Ops). Se está na praça, oras, temos que pichar. E diga-se lá, no fundo, no fundo, andam mais é gastando patavinas no que afirmam que é inédito 24 horas no ar! In Record, pois, a maratona começou bem antes que o filme “Lula Filho do Brasil” bata a 20th Century Fox e até mesmo aqueles cd´s de tiragem genérica. Nas ruas, nos bares e nos lares, haja telão em dia de Domingão! Mas como dizia, “Raimundos Nonatos” de uma breve descendência ao nível do bom tom, como daqueles compilados de quadros de novos aprendizes, que me perdoem. Já que no mundo da arte também é fazer arte, colocando tudo isso no liquidificador, dá no que dá. Bordões é que não faltam dentro de uma zorra total, e mesmo que andando à deriva, aonde foram parar os nossos bons quadros, sem o desmerecimento daqueles pintados a guache? “Alguém falou mal da minha réplica de Picásso?”. Ops! Olha a boca que pra diferenciar a água benta da comum não é nenhum bicho de sete cabeças e que em “Viver a Vida” a “branquinha” pega solto. No caso da minha, leva o nome de santo, pesco em Riopedrense, subo ligeiro nas costas do Tatuzinho e é o máximo do fogo paulista. E quer outra! Numa “escolinha” em que só servem mingau digital, ter talento não é só coisa pra Rubinho nenhum com problemas de câmbio, pé direito no acelerador, nem pneus furados no autódromo de Interlagos. Dezenas de outros cockpits tele-humorísticos precisam ser renovados. E não somente em algo do que foi inspirado em outros continentes. Se vamos de: “Well come, eu também como e depois... relaxa”, que a rapadura pode não ser mole, mas que a gente chupa, chupa! Very goody e, contraponto, além do instrutivo que encontramos nas salas de bate papo web mania, diariamente. Afinal, como tem muita gente que morre de rir mesmo quando a piada é sem graça, estamos rindo agora do que mesmo, hein? Que soltar a perereca da vizinha, no duplo sentido, só mesmo passando pela época da “Gaiola das Loucas” (The Birdcage, 1996). Ou que, de poucas e boas, o que está valendo mais é aquilo que não abrimos mão do assunto. Principalmente quando o assunto maior é: “Guarda isso, Evangivaldo! O caracu por aqui a gente toma pela manhã com ovo e bastante catuaba”. Sou do PQP (Pago Quando Puder), oras, encostado na emblemática tirada do nunca antes na história deste país. Mas que juro que “vi ela”, eu vi. Vivinha da silva até no meu papel de parede!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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