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COLUNISTA
Celso Fernandes
11/10/2009 - 07h16
Bichanos à solta
 
 
Tevê à manivela

Novelas, novelas, novelas. Não bastasse aquela da minha vida... Admita-se lá, “Cama de Gato” começou bem. Muita beleza, ousadia, com notáveis top models atuando dentro e fora das passarelas, além de toda uma realeza global. Bem ao estilo a la carte, principalmente no que condiz o setor feminino, sempre inspirador. Show de bola! Onde, no mundo da moda, como dos flashes, não podia ser igual. Um luxo! Um suntuoso sex appeal e jogo de imagens com verdadeiros emotions! Desses, iguais aos achados no mundo dos nets, em que a comédia do dia a dia faz um pouco de iguaria com o mundo real. E haveria de não!? Onde, pra mim, deviam juntar essa nova trama (?) das 6h (e um pouquinho), com a das 8h (e um poucão). Oito horas é hora de jantar, pôxa, lavar o popular e sagrado “marmitão” pro dia seguinte; em seguida é o jornal. A outra é nove horas e olhe lá quando o Lula não aparece todo “olímpico” nas mais variadas categorias. Boiando de bruços, nem se fala! Olha a língua presa...

No mais, já que a indiscutível leveza do ser também entra sempre como no fundamental da questão, o pulo não podia ser outro. Felino. Fatal. Frontal. Ou que talvez a essa altura do campeonato das sete vidas cabidas ao bichano tão bem domesticado estejam prontas mesmo ao eterno chamego; ao ron ron ron rotineiro das poltronas. E como o enredo não podia ser outro, temos em série ainda aquela feita do “meu vilão, meu vilãozinho”, que é cama pra quem te quero mesmo, hein? Com tanta evolução, devemos lembrar que andam dizendo por aí que o número dos nossos sete pecados capitais tenha aumentado e que todos cometemos numa boa, sem medo de ser feliz, nem doer tanto! Porém, aquele que vale mais é o da gula, verdade? Comemos – e gozamos – mais que pela gula.

Aliás, nossa boa ficção noveleira não combina muito bem com outras rimas e não me importo se alguém arriscar aqui alguma diferente, mesmo que em segunda instância. O que importa é participar – seja no antes, durante e depois. Vai que tudo envelheça e despenque do paraíso...

Ora bolas, em “Cama de Gato” tem gente de peso. Tem esforço físico fora das academias de ginástica, bicos bem armados, ops, assim, do tipo “luluzinhas”, finos – e de grossos tratos –, como manda o script. Tem divas em abundância capaz de mudar qualquer cenário, mesmo que o Joãozinho sentado aí na poltrona ande meio que fora da época de caça, de combate, sem ânimo sequer pra clicar no ninho adormecido. Ou que ainda (pela ordem da instinta caça) por aquilo que não está tão próximo, e que passe por despercebido. Como no caso da atenciosa doméstica Rose (Camila Pitanga) e do enraivado patrão Gustavo (Marcos Palmeira), sem que o mesmo não perceba a nova parte que possa lhe tocar. Claro, logo ele volta do mundo dos mortos! Tô de olho... Voando baixo...

Voalá, pós “cafungada” do então Gustavo em cima de tão atenciosa doméstica, e por que não? Afinal, não existe o ditado de que certos olhares mudam com o passar do tempo? Daqueles, de tirar a poeira sucumbida sobre os móveis, da gente querer tanto espiar pela brecha da porta, da cortina transparente? Certos olhares, isto sim, podem tornar-se muito diferentes. E, claro, após um bom choro de verdade pelo que se esconde adentro, ou no que ninguém pode disfarçar por muito tempo. Ainda mais quando se encontra na praça alguém assim na pele de uma atenciosa Rose... (pronuncie-se “Rouse”, e perceba a sutileza da dedicada doméstica em questão).

E já que podemos sempre aperfeiçoar novas paixões entre outros quesitos e infidelidades mais... Na hora do aperto, pouco importa se também no caso da egoísta e mimada Verônica Brandão (Paola Oliveira), capaz de curar qualquer mal olhado, como ainda pela tentadora Taís (Heloisa Périssé), louca por alguns valores nada incomuns do lado interesseiro/financeiro. Sócios do clube “Esplêndido da Glória” que se apresentem no guichê ao lado, por favor. Porque quem anda dançando todo mundo sabe. Dança até no que pensa que é seu e já é alheio a muito tempo.

Pois, sim, quanto ao perfume “Verônica”, que tende a sumir das prateleiras em curtíssimo espaço de tempo, tudo vai mesmo é da liquidação, que “Pacos Rabannes” aperfeiçoem suas essências. Que a minha, Chapinha, vai de alfazema, água de cheiro e olhe lá! No cangote, e que as minhas estrelas de camarim, se não for pedir demais, venham sob medida. Bem daquelas do tipo “Bonequinha de Luxo” (Audrey Hepburn). E só não me digam depois que não tinha um Tião “da sinuca” (Ailton Graça) no meio dessa estória que começa um pouquinho depois das seis. Fui...


Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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