Faço referência a E no aperto da barriga... Perdi a chance. Tem gente que quer isto, tem gente que quer aquilo. Quero ser caiçara, ou, ao menos, caiçaipira, porque quase toda a minha vida fui caipira ("Caipira é gente da serra, caiçara é povo do mar"). Mas já vi que jamais serei ubatubano: "Quem não conheceu o "Bananinha" e não conhece o "Tião banana", não pode se dizer ubatubano." Sei das bananas aos pássaros: "Tiés, Saíras e Sanhaçus cantam, encantam e vivem grudados em cachos de bananas." Esses três, e mais uns psitacídeos verdes, ou multicoloridos com predominância verde, em bandos, de vez em quando aparecem por aqui, não atrás de cachos, que as parcas bananeiras no corguinho no fundo de casa não dão conta das aves e dos outros bichos, inclusive os gambás, que não lhes dão sossego. Aparecem por aqui porque lhes ofereço, matinalmente, umas tantas bananas nanicas de supermercado expostas numa precária praça de alimentação perto da cerca. Sei também dar bananas: em devolução, aos que me dão bananas, muitos deles políticos. Mas ao Julinho também: banana procê, porque, daqui a alguns anos (espero vivê-los, sim) direi que sou ubatubense, ainda que não ubatubano, mesmo jamais tendo conhecido "Bananinha". Nesse entretempo, pretendo conhecer "Tião Banana". Pelo texto do Julinho, conhecer Bananinha e Tião Banana são condições indispensáveis para ser ubatubano, mas creio que nada me impede de ser caiçara ao menos de coração. E, de alguma forma, imerecida talvez, por título já concedido por Mariza Taguada, ao menos já sou "Guaruçá Honorário". Elcio Machado, 55, é recém-ingresso na tribo dos Bebe, ainda não batizado, caiçara em construção (elciomachado@ubaweb.zzn.com).
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