Tevê à manivela
Trocadilhos à parte do que canta a popular marchinha carnavalesca – que temos do fruto pra dar e vender, que engorda e não faz crescer... Bananas pra quem quiser – com “S”, de Serra – e que dentre a dúzia do normal, descascamos muito mais, sim senhor! Porém, que desentortar o doce alimento de caule vivaz, nem passando pela rede de mecânicos de “pit stop” de Fórmula I. Engodar só se for por outras fontes, pegou? Diga-se lá, as nanicas que se cuidem. E que as almas de João de Barro e Alberto Ribeiro (criadores do refrão, 1938) se revirem na tumba pela nova ofensiva do peso da balança. – com “S”, de Serra! Só que quase ninguém canta mais, só come. E tem umas que nascem até debaixo d´água; outras, se reproduzem nos mais variados planaltos. E que, igualzinho nos trocados dos mui amigos feirantes, fica: duas de cinco por uma de dez, com ou sem o cacho?, porque o pastel, pra mim, só aquele de vento. Do tipo air bag – você morde, estufa, mastiga e não joga fora. Segura mais essa que após tanta ressaca de Comissões (algo que do nível Parlamentar) dizem que vão inventar a operação “Segura Balão” e não é coisa do meu amigo João Treme-Treme sempre de sentinela, segurando firme no poste. E logo de cara começo a achar que foi por isso que a Alice (sim, aquela, sem um pingo de maldade no coração) nunca mais ter dado as caras por aqui. Muita concorrência desleal na política do faz de conta que está tudo certo. E que só de ter perguntado em voz alta pra balconista: “cadê o resto do meu Mc Sanduíche, encolheu?”. Vai ver que é por causa da contenção de mastigadas na rede que deixava você “Mc Feliz” pelo tamanho do hamburgão. Pensa que não, ando voando baixo, rasteiro! E quer outra! Na prévia do assunto – em questão, claro – vai ser logo de algum desavisado perguntar lá no fundo do discurso de palanque se o “pré-sal” também é nosso. A exemplo do petróleo (1954) quem queimou combustível vai bem lembrar daquela outra (ora não muito distante) do “nunca antes neste país”! Só que quem cortou na carne de verdade foi o Wolverine. Cortou até o que era dele. Ops. Aliás, vamos ter até aviõezinhos pra defender o que pensamos novamente ser nosso. Pelo menos na tese do assunto, dizem (óbvio, estão sempre dizendo). Com um descontão desse tamanho nos caças aéreos, dois ao preço de um... Grife-se lá que repetir o erro é – por demais – aumentar o risco de se cometer algum tipo de ataque cardíaco particular. Merecemos algumas vaias por conta da (des)honrada casa? Bananas. Nos dias de hoje, Chapinha, o meu salto nem mais anda à cavalo! Já quanto àquele outro fiel escudeiro, de orelhas mais abanadas, que aguenta subir qualquer barranco, bom, há quem acredite com muitos montados nele. Um dia a gente aprende, senão, tudo fica como está. Se dizem que é nosso, e se pensamos, logo visto, é nosso. E mais que comprovado que as nossas balelas contemporâneas fazem mais sucesso do que as histórias em quadrinhos, o gibi está de volta! Pelo menos é alguma coisa. O troco a gente pega sempre no final das contas. E como continuo afirmando que comer queijo duro todo dia não é nada mole, não, quer que eu mostre agora, eu mostro! Mas fecha o olho porque senão perde a graça. O que, cabisbaixo, uma vírgula. Ando pensando, matutando; com leves melhoras, uma ou duas varizes expostas, e ainda que por certas vezes, orando, em vão. No santo pecado, que a carne é fraca, fazer o que? Chupar rapadura a gente também chupa! Pois, sim, ia me esquecendo, tem ainda aquela do “pro seu governo?”, valem os acrósticos dos acústicos, que estamos todos prontos pra correr um novo risco; melhor pingar do que secar? Se ainda não caiu a ficha é porque você não se ligou, ou que se a canoa (não) virou... Bons olhos que não duvidem que mania de riqueza também vem de bombordo na saga de “Viver a Vida”, e que é vício de autores adorarem tanto o deus Midas, o Tio Patinhas. Se não tinha, vai que o Titanic aporte por aqueles mares... Vai que o afortunado personagem do José Mayer comece a se sentir um Leonardo DiCaprio e a Taís Araújo uma Kate Winslet aos gritos de “Rose” – Jack, Jack... – só tenho a voltar a dizer que é a novela da minha vida ou a minha vida que se tornou uma novela. Salvo pelo clic mágico do controle remoto que não sofre em nada na balança. – Yes, pesamos – com “S”, de Serra, e tenemos – ainda que “pero no hay” – de todos os tipos e tamanhos! Se quiser que eu mostre agora, então fecha o olho pra não perder a graça em carregar o bordão: “dona Maria, dona Maria, traga a panela, traga a bacia”. Quanto àquelas vendidas, na beira da estrada, nem se fala! E que o pau da barraca fique aonde está e não se fala mais nisso!
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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