Descobrimento do Brasil - Capítulo VI
Dudubebe, como já sabemos, sempre foi muito simpático e sua simpatia cativava qualquer pessoa, era por isso que ele era o chefe da nação Tupinambá. Em Portugal sua simpatia fez conhecer um também simpático e hospitaleiro português com o nome de Eduardo Joaquim César, que o convidou para conhecer sua casa e sua esposa; antes, porém, iriam ver as novidades paraguaias numa feira de barganhas. Na primeira barraca, Eduardo Joaquim observa as novidades; tinha desde pinico com descarga à abridor de lata de cerveja, utensílio muito usado em Portugal. O camelô paraguaio chama o português de lado e oferece uns óculos muito interessante. Eduardo Joaquim coloca os óculos e começa a ver as pessoas peladas; ele se encanta... Põe os óculos vê as pessoas pelada, tira os óculos vê com roupa... Comprou os óculos e vieram farreando pelas ruas. Põe os óculos, pelada. Tira os óculos, com roupa... Chegando em casa, o português pega o óculos e pede para Dudubebe esperar na calçada. Eduardo Joaquim entra em casa e coloca o óculos para pegar Maria pelada; abre a porta e vê Maria e o compadre no sofá pelados. Tira o óculos, pelados; põe o óculos, pelados; tira, pelados; põe pelados... Eduardo Joaquim pega a peixeira e sai correndo. Passa por Dudubebe que pergunta: - O que foi portuga? - Vou matar aquele paraguaio! - Por que Eduardo Joaquim? - A porcaria dos óculos já está quebrado!!! Dudubebe tenta segurar o amigo português, mas não teve jeito, o cara saiu com tudo. Antes de virar a esquina um ladrão português pula na frente de Eduardo Joaquim e grita: - Pare! - Ímpare! - grita Eduardo. - Mas eu estou te roubando seu burro! - Ah... então eu não brinco mais!!! - respondeu Eduardo Joaquim. Foi uma sorte ter aparecido esse ladrão português, porque fez Eduardo Joaquim esquecer do camelô paraguaio. Dudubebe se despede do amigo e dá sinal à um MOTO-TÁXI, para levá-lo de volta. A moto pára, mas não leva Dudubebe, porque tinha um cobrador no lugar do passageiro. (Coisas de português.) Dudubebe volta a pé e ouve um estranho som vindo em sua direção, parecendo um cachorro-do-mato em noite de urgia: UIUIUIUIUIUIUIUI... Era uma ambulância... Mal sabia que dentro dessa ambulância tinha um de seus apadrinhado, o primo. Sim senhor! A ambulância levava Cerolbebe, que quebrou o dedão do pé em um chute que deu numa pedra, pensando que fosse um sapo intanha. No hospital, Cerolbebe, depois de medicado, ficou em observação. Tentou explicar que engessaram a perna boa e deixaram a que estava com o dedão em bagaço do mesmo jeito. Não adiantou! Estava num quarto juntamente com duas senhoras; uma em estado terminal e a outra para dar à luz. A mulher em estado terminal sabia que estava no bico do corvo, que ia bater as botas. Não poderia morrer sem revelar um grande segredo para seu marido e pedir perdão pelo pecado outrora cometido. Manoel chegou todo nervoso. Cerolbebe, que estava no leito ao lado, ouviu toda conversa do casal: - Manoel, sabes o nosso filho mais velho? Não é teu Manoel! - Oh!!! Meria, não tem problema. Maria, intrigada com a posição do marido, indaga-lhe: - Mas como Manoel? Eu estou a lhe dizer que nosso filho não és teu, ó homem! - Eu entendi, ó Meria. - Ai, Jisus! Por que raios tu não estas bravo e ficas assim, com essa cara de chifrudo? Joaquim então responde: - Ora pois... sabes o nosso filho mais novo? Ele também não és teu! Maria rebate: - Mas como não és meu, ó homem de Deus? Se eu mesma carreguei o menino na minha barriga por nove meses? Manoel explica: - Meria, lembra-te quando tu estavas ainda na maternidade e me pediste para TROCAR O MENINO porque ele estava todo cagado? Pois eu troquei... TROQUEI por um outro limpinho que estava ao lado. A mulher empacotou no ato... Enquanto uma Maria morria, a outra dava à luz. Depois desse fato; uma nova lei portuguesa entra em vigor: “assim que uma criança nasce, o pai tem que estar presente e imediatamente dar nome ao filho”, para que não haja troca de criança. Anacreto estava presente na hora do parto, juntamente com o tabelião oficial que se chamava Clementino “O galã bonitão de Portugal”. Mal o menino tomou o tapa na bunda para chorar, o tabelião Clementino pergunta ao pai: - Qual é o nome do menino? Anacreto todo contente responde: É Miguel Bosta! O tabelião Clementino achando o nome muito feio, recusa: - Seu Anacreto, esse nome é muito feio! Concordando com o tabelião, português muda o nome do menino: - Senhor Clementino, coloca então aí, Joaquim Bosta. Lavrado a certidão, o tabelião Clementino acompanha Cerolbebe que recebera alta. Passando pela portaria, presenciam uma enfermeira recebendo de uma paciente um vidrinho com fezes para exames laboratoriais, e a enfermeira diz: - A senhora precisa colocar o nome. - Ah! tinha me esquecido. Maria pega o vidrinho e escreve: “bosta”. (Coisa de português.) Pois é! Como já estamos de saco cheio com estas histórias, temos que deixar o resto da aventura para a próxima semana, onde Julinhobebe descobre o presídio onde os irmãos Cabral estão cumprindo pena, que era de UM DIA, mas que devido a grande inteligência dos portugueses, já faz UM ANO que estão presos. Chegaremos lá, logicamente se algum português nos deixar continuar com a aventura.
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