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COLUNISTA
Julinho Mendes
07/07/2009 - 10h00
Dudubebe e a mulher do português
 
 
Descobrimento do Brasil - Capítulo V

Como vimos no capítulo anterior, Dudubebe e sua turma encostaram em Portugal setenta e cinco dias antes do previsto. Foi de madrugada, na praia da Calada. Esconderam a canoa no meio do jundu e enquanto esperavam o dia clarear discutiram o que iam fazer. Por decisão de Bitembebe, resolveram então que antes de irem visitar os amigos portugueses na cadeia, fariam um passeio turístico por todo Portugal. E assim foi feito. O dia clareou e cada um foi para um lado.

Cunhambebe seguiu uma estrada e logo na primeira curva presenciou um acidente:

Vinha um caminhão de gás tocando aquela musiquinha... quando fez a curva os músicos caíram pra fora do caminhão. Foi por isso que o caminhão de gás, em Portugal, não deu certo; em toda curva que virava a bandinha caia fora do caminhão! (Coisa de português.)

Amerimbebe entrou por um calçadão e em frente um banco, presenciou três suicídios quase ao mesmo tempo:

Um turco e um judeu discutiam, e um português assistia a discussão dos dois. A discussão era por causa de um dinheiro que o turco devia para o judeu. O judeu encurralou o turco que não tendo para onde correr e não querendo pagar a dívida, pegou um revólver, encostou na sua própria cabeça e disse:

- Eu posso ir para o inferno, mas não pago esta dívida! - e puxou o gatilho, caindo morto no chão.

O judeu não quis deixar por menos, pegou o revólver do chão, encostou na cabeça também e disse:

- Eu vou receber essa dívida, nem que seja no inferno! - e puxou o gatilho, caindo morto no chão.

O português que observava tudo, pegou o revolver no chão, encostou na sua própria cabeça e disse:

- Pois eu, não perco essa briga por nada... - apertou o gatilho e caiu morto, seguindo os dois.

Amerimbebe ficou besta em ver tão espantosa cena em terra portuguesa.

Adilbebe entrou num beco sem saída e encontrou um português que subia e descia uma escada encostada na parede. Ele tinha uma fita métrica na mão e sempre que tentava medir a escada, a fita caia; às vezes a fita se soltava do pé da escada, onde estava presa.

Adilbebe, vestido com seu elegantíssimo suéter de penas de curruíra, vendo o martírio do português, então pergunta:

- Ô português! Por que você não deita essa escada no chão? Aí você vai conseguir medir a escada com mais facilidade!

O português responde:

- Ó bobão! É que eu quero medir a altura, e não o comprimento! (Coisa de português.)

Quincasbebe, o inteligentíssimo índio abaianado, desfilava com sua pantalona de fibra de coco da Baía, no qual chamou a atenção de um turista japonês, que o convidou para participar de um concurso de inteligência, juntamente com um português. Quincasbebe aceitou o desafio e com o japonês foram enfrentar um dos homens mais inteligentes de Portugal: o mega-dotado Joaquim Mané. Esse concurso aconteceu dentro de um estádio de futebol, repleto de portugueses, que com dó torciam pelo japonês, devido seu olho puxado. Pensavam que o japonês estivesse chorando.

Começa o concurso e o locutor faz a primeira pergunta ao japonês:

- Qual é a coisa mais rápida do mundo?

- A ELETRICIDADE! - respondeu o japonês que foi aplaudido de pé pelos portugueses.

A mesma pergunta é feita ao índio abaianado. Quincasbebe pensa... pensa... pensa e responde:

- É o PENSAMENTO! - a torcida do japonês, diante dessa resposta, passa a aplaudir o brasileiro tupinambá.

Faltava o português, ao qual é feita a mesma pergunta. A torcida faz um OLA na arquibancada e vaia seu conterrâneo. (Coisa de português.)

Joaquim Mané, com ar de desprezo para a torcida, enche o peito e responde:

- A coisa mais rápido do que a eletricidade e o pensamento, é a DOR DE BARRIGA!

A torcida silencia e os jurados espantados pedem explicações. Joaquim pede mais um microfone e mais luzes, diante do sol do meio-dia, e todo confiante que ganharia o concurso, dá as devidas explicações:

- Ontem à noite lá em casa, eu estava dormindo e acordei com uma tremenda DOR DE BARRIGA... Quando PENSEI em acender a LUZ, já estava todo cagado!!!

Levou o troféu e foi carregado pelos conterrâneos que, agora, acreditaram na sua mega inteligência. (Coisa de português.)

Julinhobebe andava distraído quando de repente observa um grande pássaro de prata que aterrissa num aeroporto, curioso, corre atrás do avião... Chegando lá é convidado, juntamente com um alemão e um português, a fazer um teste, num modelo novo de pára-quedas... Há dois mil metros de altitude o comandante dá as devidas explicações de funcionamento e uso do pára-quedas:

- Seus equipamentos foram todos checados. Os senhores saltarão por aquela porta. Ao puxar a primeira cordinha, o pára-quedas se abrirá. Se isso não acontecer, o que é difícil de acontecer, puxe a segunda cordinha. Se ainda assim o pára-quedas não abrir, o que é improbabilíssimo, puxe a terceira cordinha e ele se abrirá. Lá embaixo haverá uma carroça para levá-los de volta ao quartel.

Muito bem! O alemão pula, puxa a cordinha e pousa suavemente. Julinhobebe estava impressionado, parecia um gavião; salta, puxa a cordinha e pousa feito uma pluma. O português salta, puxa a primeira cordinha e o pára-quedas não abre. Puxa a segunda, a terceira cordinha, e nada. O português começa a ficar preocupado e tem o seguinte pensamento:

- Aí, Jisus! Agora só falta a carroça não estar lá embaixo!!!

Coitado do português! A carroça estava lá, mas seus conterrâneos esqueceram-se de colocar capim para amaciar a queda; o cara bateu a costela nos sarrafos da carroça, vindo a quebrar tudo, levantou, sacudiu a poeira e ainda reclamou:

- Seus burros! Por que não deitaram o jegue de barriga para cima, no lugar da carroça? - Morreu em seguida.

Dr. Fioglibebe, passeava elegantemente com seu paletó feito de penas de surucuá, e chamava muito a atenção. Acontecia uma grande festa, tanto de inauguração de um luxuoso cinema como de lançamento de um filme americano, onde os protagonistas do filme estariam presentes nesta festa. Fioglibebe se achega de um português e presenciam a chegada dos convidados.

Veio o primeiro convidado, e o porteiro pergunta:

- Qual é o seu nome?

- Stalone.

- Como?

- Silvester Stalone.

- Ah bom! Então pode entrar.

Veio o próximo convidado, e o porteiro faz a mesma pergunta:

- Qual é o seu nome?

- Shwadsneguer.

- Como?

- Arnold Shwadsneguer.

- Ah bom! Então pode entrar.

Veio o terceiro convidado:

- Qual é o seu nome?

- Bond.

- Como?

- James Bond.

- Ah bom! Então pode entrar.

O português que queria entrar na festa pensou:

“- Ora pois! Se é assim, é fácil...”

Emprestou o luxuoso paletó de Fioglibebe; e lá foi o português...

- Qual é o seu nome? - perguntou o porteiro.

- Uel.

- Como?

- Manuel.

Fioglibebe aplicando o mesmo golpe, usou o nome Ebe.

- Como? - perguntou o porteiro.

Fioglibebe pensou duas vezes...

Dudubebe, o tupinambá de sorrisinho conquistador, presenciou o caso da mulher do português. Mas essa história ficaremos sabendo no próximo capítulo. Não percam!

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