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COLUNISTA
Alex Frederick
25/06/2009 - 10h10
Extra, extra...
 
 

O STF (Supremo Tribunal Federal) acaba de decidir pelo fim da obrigatoriedade do diploma universitário para a prática do jornalismo em terras brasileiras.

Sob o argumento de ferir o direito a livre expressão, o Supremo tornou legal, o que já era uma prática corrente no país.

Com a decisão, os cursos de comunicação social das universidades, se vêem em xeque diante das incertezas do seu futuro.

Se a decisão dos senhores juízes foi acertada ou não, só o tempo dirá.

O fato é que hoje, com o advento da internet, qualquer pessoa com um computador na mão e uma idéia na cabeça pode redigir tranqüilamente suas mal traçadas linhas, e publicá-las em algum espaço na net. Revivendo assim o sonho dos cineastas brasileiros nos anos 70, cujo lema era, “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”.

Hoje, mais e mais pessoas, das mais diversas áreas, escrevem em revistas eletrônicas, blogs, sites, pequenos jornais, pequenas revistas etc. levando ao grande público leitor, desde a mais singela receita de como fazer um bolo de fubá, até opiniões mais complexas sobre uma infinidade de assuntos.

Nunca a informação foi tão democrática, e o ato de escrever e ser lido, tão disseminado entre as pessoas.

Cada vez mais, os grandes jornais impressos vão perdendo seu espaço. A equação, jornal / web / pessoas, ainda não foi totalmente resolvida. O futuro do setor é uma interrogação. O que existe até agora além de tendências, é a perda de leitores para outras mídias, levando os executivos do setor a um duro exercício de sobrevivência.

Como qualquer produto, as notícias, as crônicas, as opiniões, todas elas continuarão a serem consumidas em larga escala pelas pessoas. Cabe aos representantes do setor, diante da crise, apresentá-las de uma nova maneira, reinventando, ao gosto do consumidor, a arte de vender palavras.

Portanto, dizem, não será com a exigência de um simples canudo, que o setor encontrará suas alternativas para o enfrentamento da crise. Será preciso muito mais. Criatividade e talento serão palavras de ordem.

Para finalizar, transcrevo aqui os versos de uma bela canção (*) que acredito serem, pertinentes ao tema.

É preciso mergulhar mais que mil pés
Onde Netuno traça o rumo das marés
É preciso acertar a direção dos pés
Quando os velhos caminhos se esgotam
Os tempos não voltam
Não voltam

(*) Sinal dos Tempos - Bebeto Alves / Totonho Villeroy.


Nota do Editor: Alex Frederick Cortez Costa (fredcortez@uol.com.br) reside em Ubatuba desde 1996.
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