Descobrimento do Brasil - Capítulo III
Dos verdadeiros descobridores do Brasil ficou para os índios apenas a saudade e o jegue. O jegue passou a viver com os Tupinambá, mais exatamente com o chefe da tribo, o cacique Dudubebe, que pôs o bicho pra dormir em sua oca, juntamente com suas sete mulheres e a anta fêmea. Foi um erro do cacique Dudubebe deixar o jegue e a anta juntos, porque um se apaixonou pelo outro; aí foi um saçarico danado dentro da aldeia. Aonde a anta ia o jegue ia atrás. Dudubebe era a mãe da anta. Foi ele quem fez o parto da anta velha que morreu em seguida, tendo então que adotar a filhotinha. Era ele quem dava de mamar, dava banho, limpava as partes, enfim, tratava da bichinha como se fosse sua filha. Então, aonde Dudubebe ia a anta ia atrás, agora, seguida pelo jeguinho apaixonado e sensivelmente taradão. Certo dia, Dudubebe pegou seu canudo zarabatana e saiu para caçar tatu e teve que levar não só a anta como também o jegue. Certa altura, mato adentro, o jegue passa na frente do cacique sorrisinho e começa a farejar. Fareja, fareja e rapidamente descobre um buraco de tatu. Dudubebe fica impressionado com o jegue e descobre que o bicho é caçador. Para verificar se realmente tinha tatu dentro do buraco, Dudu enfia seu canudo (zarabatana) dentro do buraco. Sabendo da poderosa arma do índio, o tatu rapidamente entra dentro do canudo, formando assim um caroço enorme na ponta da arma. - E agora como fazer para tirar o tatu de dentro da zarabatana? Dudubebe assopra o canudo, chegando até soltar pum e nada do tatu sair. O jegue, vendo o desespero do cacique, pega o canudo, enche o peito e dá um sopro: - UUUOOOOO!!! Não adianta. O tatu continuou entalado dentro da zarabatana. O jegue fica nervoso e tenta um outro sopro, agora com mais força: - UUUUUUUUOOOOO!!! Coitado do jegue, fez tanta força que o sopro saiu pela culatra! Soltou um terrível estrondo por trás, parecendo uma trovoada de mês de agosto. Foi, na verdade, um grande pum que, quando saiu, arrancou-lhe o rabo que foi parar na copa de uma árvore. O jegue ficou cotó e, por sinal, muito feliz, pois agora estava mais parecido com a sua namorada anta, que por natureza era cotó. Dudubebe, coitado, não sabia de chorava em ver o seu jeguinho sem rabo, ou se dava risada em ver a brigalhada que se formou na copa do pé de ingá. Tinha um bando de monos comendo fruta e na hora que o rabo do jegue engarranchou na árvore, foi uma disputa para conseguir o rabo do bicho. A árvore balançava parecendo ventania! Cada primata, que por um momento conseguia o rabo do jegue, colocava-o em volta do pescoço e fazia um desfile de modas, parecendo desfile de madame em noite de gala. Riram-se todos: Dudubebe, a anta, o jegue cotó e até o tatu que saiu de dentro do canudo para rir também. Foi uma urgia desgraçada dentro da mata. Seguiram na caçada... Não demorou e o jegue farejou outra caça. Agora era bicho grande! Saiu correndo feito louco até que sumiu de vista e de ouvido. Dudubebe ficou preocupado, olhava para a anta, a anta olhava para ele, e num ar de quem estavam preocupados, seguiram o rastro do estimado animal. Subiram e desceram morro, e nada. De repente, ouve-se um estranho barulho pro lado do grotão. Correram pra lá. Era o jegue que tinha encurralado uma onça suçuarana num pé de “brecuíba” e começou a roer a árvore. Em baixo dessa árvore tinha uma touceira de brejaúba (pra quem não sabe, brejaúba é um tipo de coqueiro forrado de espinhos pretos, tanto no caule como nas folhas). A árvore caiu e a onça empacotou lá de cima e se estrepou toda na touceira de brejaúba. Coitada da onça, parecia um ouriço, só não morreu porque a bicha é esperta. O que ela fez? O que ela fez, foi largar o couro cravado de espinho e saiu pelada... Dudubebe não acreditava no que estava acontecendo. Nessa correria dentro da mata, Dudubebe, com seu famoso sorrisinho de conquistador, some na mata... No outro dia o tambor de Cunhambebe, dava a notícia de que seu pai tinha se perdido na mata. A aldeia se mobilizou... O “chefe” da aldeia era Dudubebe, mas na verdade quem mandava e desmandava, era Maurimbebe, este por sua vez convocou um inteligente ancião da aldeia. Quincasbebe, era um índio meio abaianado, historiador e conhecedor da geografia do lugar. Convocou, além dos orixás, todos os filhos e apadrinhados de Dudubebe, abriu o mapa da região e ordenou que fossem procurar em diferentes regiões... - Cunhambebe e Julinhobebe, vocês vão procurar o papai, pro lado da Estufa I, se não encontrarem passem para a Estufa II. - Maurimbebe e Bitembebe, vocês procurem pro lado do Perequê-Açu, cuidado com o lobisomem, pode ser que o bicho comeu seu pai. - Adilbebe e Cerolbebe, procurem pro lado do Ipiranguinha. Não esqueçam de levar o bodoque e nem do arco-e-flecha. (Cerolbebe era primo de Dudubebe.) - Eu e Silvimbebe vamos pro lado da terra da tribo dos pés rachados. Dadas as ordens, seguiram todos para seus destinos, com a determinação de encontrarem o pai, que supostamente estaria perdido. Cunhambebe e Julinhobebe andavam parecidos com porco-do-mato, fuçando chão para sentirem cheiro de jegue ou anta. Encontraram cheiro de anta , mas não de jegue. Percorreram a Estufa I, a Estufa II e já estavam entrando na região da tribo dos Kutukuku-Kavara, tribo esta muito perigosa, formada por índios canibais. Maurimbebe e Bitembebe fizeram diferente, esses combinaram andar separados. Maurimbebe pegou seu tamborzinho e foi pro lado das terras dos Tokagados, e Bitembebe seguiu pro lado das terras dos Troçoaçús, levando seu inseparável trombone de vara feito com toco de embaúba e vara de bambu. Combinaram que ao menor sinal, um meteria a baqueta no tambor e o outro a boca no trombone. Adilbebe com seu arco-e-flecha e Cerolbebe com seu bodoque, ao mesmo tempo em que procuravam Dudubebe, faziam uma caçada. Meio dia mato adentro, avistaram na copa de um ingazeiro, um bicho de pêlo: - Adilbebe, Adilbebe, venha cá. Tá vendo aquele pacote lá em cima? - perguntou Cerolbebe. – ÉÉÉ tá parecendo um macaco! - respondeu Adilbebe. – Acho que não, tá muito comprido pra ser um macaco. Parece ser uma lagarto de pêlo. Adilbebe prepara seu arco e mete flecha no bicho. A flecha sobe, acerta o alvo e desce com o bicho peludo que cai atrás de uma moita de guarecanga. Procura daqui, procura dali, de repente Cerolbebe dá um grito: - Adiiiiiilbebe, achei o bicho. O companheiro mais que depressa sai correndo, tropeça num arranha-gato e empacota. Levanta e chega-se ao amigo: - Que foi, que foi, Cerolbebe? - Rapaz, você atirou a flecha com tanta força que arrancou o rabo do bicho! Veja, só caiu o rabo, o bicho ficou lá em cima! - Não seja burro, não tá vendo que isso é o rabo do jegue? - Mas como? Se o jegue estivesse trepado na árvore, com todo seu tamanho, nós tínhamos visto o bicho! - É mesmo, você tem razão, mas como é que esse rabo foi parar lá em cima? - Ehhhh Adilbebe, isso está cheirando mau, alguma coisa aconteceu! - Sabe o que pode ter acontecido Cerolbebe? Eu acho que uma onça matou o jegue, comeu o corpo e deixou o rabo. Veio um carcará carniceiro, pegou o rabo do bicho e foi comer o resto lá em cima da árvore! - ÉÉÉÉÉÉ pode ser, mas cadê a pacuera do jegue? - Tá por ai, vamos procurar!!! O enigma estava formado, a preocupação, e a angústia tomava conta dos dois silvícolas bebuns. Viraram e mexeram, rodaram e rodopiaram mato, e nada de encontrar a pacuera do jegue, bosta de anta e nem cheiro de titica de Dudubebe... Já era tarde, decidiram então voltar para a aldeia e anunciar que acharam uma pista... Na volta acharam uma árvore cheia de pássaros. Não deu outra, pararam para caçar. Adilbebe vê uma pomba e atira. A flecha acerta bem no meio da pomba e cai encima de um toco roxo. Num outro galho, Cerolbebe, avista um tucano, prepara seu bodoque e prega fogo. A pelota acerta bem no bico, o bicho cai duro do outro lado. Foram o que caçaram: uma pomba e um tucano. Vieram embora: Adilbebe veio na frente com a pomba e Cerolbebe vem cu tucano atrás. Foi uma festa! A pomba chegou em bagaço e o tucano chegou duro feito pau, devido a friagem do serão. A esperança estava nas mãos de Silvimbebe e Quincasbebe que foram procurar o pai, pras bandas do Itaguá, terra da tribo dos pés rachados. Quincasbebe, o índio abaianado, era servo de PPbebe que o contratou, trazendo-o da Bahia, numa de suas viagens em congresso de macumbaria. - Silvimbebe vamos fazer um fumacê. Traga-me folha de ciosa, pimenta malagueta e folha de urtiga. Vamos espantar os maus espíritos e deixar o vento levar a fumaça; na hora que o cheiro de urtiga e da pimenta entrar pelo nariz de papai, do jegue e da anta, será a maior gritaria no mato!!! Grande e sábia idéia do inteligentíssimo abaianado indígena macumbeiro. A fumaça subiu e o vento que soprava de leste, jogou a fumaceira para dentro da mata. Com um sabugo de milho enfiado no nariz, Silvimbebe e Quincasbebe seguiram a fumaça... Não demorou e uma urgia de tosses e espirros, gritaria e apavoramento ecoou pela floresta. - Silvimbebe, tá ouvindo? A fumaça está fazendo efeito, tá entrando do nariz de alguém. - Sim, Quincasbebe, mas não parece espirro de papai, nem de anta e muito menos de jegue! - O que será então, Silvimbebe? - Tá parecendo mono! Não deu outra. A fumaça penetrou no nariz dos primatas, que foi uma tristeza. Os bichos estavam tudo dentro do rio Acaraú chupando água pelo nariz e soltando pela boca, parecendo um bando de chafariz tentando se livrar da queimação e irritação no nariz. Silvimbebe tinha instinto animal e não só conhecia todos os animais e pássaros como também sabia conversar com os bichos. - Quincasbebe? Pare de rir, fique atrás dessa figueira que eu irei conversar com os monos. Silvimbebe durante cinco minutos fica imóvel, entra em concentração e se achega aos macacos; os bichos nem se assustam, pareciam amigáveis... Quincasbebe assiste toda cena boquiaberto. Dois grades monos se apresentam: um de peito peludo, parecido com o Toni Ramos e o outro, barrigudo e balofo, parecido com o Faustão. Esses monos eram gêmeos, um se chamava João Torreba e o outro João de Zausso. Começa então a conversa dos primatas com o índio Silvimbebe, o Tarzan Tupinambá de rabinho de cavalo: - O QUÊ QUÊ QUÊ DELÊQUETÊ BIRIMBIBÓ CEUTECOMA? - perguntou Silvimbebe. - BIRIMBIBÓ CEUTECOMA QUÊ GUMAL LHOFI DA TAPU, MOUQUEI GATIUR MOC TAMENPI! - respondeu o mono chefe. - OSSI SAPÁ. - SAPÁ, SAM IDÓ PRÁ LHORACA. QUE O CÊVO REQU DEGRAN TREMES? - TOUES A RACUPRO DE PAIPA, GUEJE DO E TAAN DA! CÊSVO BEMSA DE MAGUAL SAICO?... Os monos contaram toda a história ocorrido com o Dudubebe: do tatu entalado na zarabatana, do rabo do jegue que saiu com o peido e da onça que deixou o couro no mato e saiu pelada. A conversa entre Silvimbebe e os primatas, continua: - RAPA QUE DOLA IFO PAIPA? - A TABES DE USE PAIPA, IFO PRO DOLA DO ROMO DO ROIZECUCUS, LÁ NO MIRIMUTABU! - TOIMU DOGABROI GOSMIA. - DÊ DANA. SE CÊVO BRIRCODES MEUQ MOUQUEI GATIUR MOC TAMENPI, ME SEVIA QUE NOS MOSVA RARMAA O LHOFI DA TAPU, DOLAPE, MANU SACA DE GAFORMI VAIRU. Quincasbebe ouviu tudo sem entender bulhufas, e quando seu amigo chegou, quis saber da conversa. - Silvimbebe, o que foi que vocês conversaram? - Olha Quincasbebe, se os bichos souberem que foi você quem colocou fogo nas folhas de urtiga e da pimenta malagueta, você está ferrado. Os bichos estão bravos! Depois te conto o resto. - E o paradeiro de Dudubebe, ele te falou? - Sim, Dudubebe está pro lado do pico do Cuscuzeiro, lá no Ubatumirim, vamos embora que amanhã temos que andar muito!!! No outro dia, os irmãos e apadrinhados bebuns, já estavam a postos, cada um com uma cumbuca de comida para passar o dia. Cunhambebe, o grande guerreiro, levava em sua cumbuca farofa de ovo de macuco. Maurimbebe levava tutu de feijão com guaruçá torrado. Amerimbebe levava pirão de bucho de veado com rapadura. Bitembebe levava paçoca de banana com miúdo de lagarto. Quincasbebe levava sarapatel de bofe de guaiamu. Silvimbebe levava pirão de ovo de tartaruga. Adilbebe levava quindim feito com ovo de curruíra. E o grande primo Cerolbebe não levava comida, apenas uma varinha e uma caixa de pomada HIPOGRÓSS, para pescar pacu. Seguiram para o norte que, segundo a conversa que Silvimbebe teve com os primatas, Dudubebe, o jegue e a anta estariam no morro do Cuscuzeiro, no sertão do Ubatumirim. Chegando no Puruba, Silvimbebe, que tinha instinto animal ouve uma batucada. “BUM BUM BATICUMBUM PROCURUMDUM...” - Parem! - Ordena Silvimbebe. - Coloquem os ouvidos no chão e ouçam! “BUM BUM BATICUMBUM PROCURUMDUM...” -É Dudu, é Dudubebe! - falaram de alegria. - Sim é Dudubebe batendo num tronco de figueira, enviando uma mensagem para irmos ajudá-lo a procurar o jegue! - revelou Silvibebe. –- Vamos responder para ele. Maurimbebe e Bitembebe, um bate no tambor e o outro mete a boca no trombone, enviando a mensagem de volta... “PROCURUNDUM BATICUMBUM BUM BUM...” Apressadamente os apadrinhados bebuns rumam em direção ao grande cacique. Não demoram e encontram o querido e saudoso Dudubebe, que há oito dias estava embrenhado no mato. Todo risonho, Maurimbebe toma a dianteira e vai ao encontro de Dudubeb, dando-lhe um grande abraço: - Dudubebe, Dudubebe, pensávamos que o senhor estivesse perdido. - Deixa de ser lerdo rapaz, você acha que um grande caçador como eu, ia se perder à toa? - O que foi que aconteceu, Dudubebe? - perguntou agora o curioso Bitembebe. - Aconteceu que a anta e o meu jeguinho de estimação saíram correndo atrás de um caxinguelo e se não estão perdidos, estão fazendo sacanagem, pois a anta está no cio! - Anta no cio e jegue tarado, isso vai acabar mau!!! - Mas Dudubebe, o senhor não castrou o jegue? - perguntou o índio primo. - Como? Só se eu pregasse um chute no saco do bicho?! Perguntas, respostas, conversas e problemas. A turma de bebuns, agora toda reunida, armava estratégias para achar o jegue e a anta, que nessas alturas já poderia estar prenha. As cumbucas de comidas já estavam vazias e os silvícolas já estavam com a barriga roncando mais que roncador em fundo de canoa. A salvação da tribo foi o precavido Cerolbebe, que em vez de trazer comida, trouxe apetrechos de pesca, ou seja, o inteligente índio primo trouxe uma varinha de pesca e uma caixa de pomada HIPOGRÓSS. Pararam então no rio da Fazenda da Caixa. Curioso Dudubebe pergunta: - Cerolbebe, que peixe existe nesse rio? - Esse rio é cheio de pacu! - E que peixe é esse? - pergunta novamente Dudubebe. - É um peixe que tem a forma abolada e com um lanho no meio, muito carnudo e saboroso!! - Que isca você vai usar? Quincasbebe se irrita e interfere nas perguntas de Dudubebe: - Deixa de ser ignorante, Dudubebe. Você não sabe que pracu se usa HIPOGRÓSS? Sua mãe cansou de passar HIPOGRÓSS em sua bunda, contra assadura, quando você era criança! Foi uma risada só às margens do rio da Fazenda da Caixa... De repente ouve-se um melodioso gemido: ANNNNHI AI ANNNHI; BUUUUFE BUFE BUFE... Numa coincidência de vozes os bebuns perguntam: - Que é isso Silvimbebe??? Com toda firmeza, o grande conhecedor da linguagem animal, Silvimbebe responde: - É gemido de anta, com bafo de jegue! Dudubebe corre em desespero até a moita de capim melado. Chegando lá encontra o jegue e a anta no maior love. Puto da vida chama seu primo: - Cerolbebe, me empresta o seu bodoque. O Love dos animais continua: gemidos e funga-funga ecoam pela floresta. - Já vou acabar com isso já! - avisa Dudubebe, que, procurando melhor posição, puxa o bodoque e lança uma pelota no saco do jegue. Daquele funga-funga, o jegue deu um grito. Uma preguiça que tava dormindo num galho de embaúba, saiu correndo mata adentro. Estava acabado o romance dos amantes animais. Vieram embora... Nove meses depois, numa primavera que dava gosto de ver, toda florida e perfumada, Dudubebe e seus apadrinhados bebuns, constroem uma oca verticalizada com trezentos e oito metros quadrados de área, com playground e vista para o mar; tudo isso só para abrigar os dezoito filhotes de jeganta, além é claro, dele, do jegue, da anta e de suas sete mulheres. Ehhhhh chefinho esperto, esse tal de Dudubebe. Nessa sua nova moradia, Dudubebe, sem nada o que fazer, cria mais uma taxa para onerar o povo Tupinambá. É criada a taxa de bombeiro que, sem perdão, manda de oca em oca o carnezinho pro povo pagar. Dizem que essa taxa é inconstitucional, mas não tem pajé que quebre esse feitiço, e quem não pagar, fica com o nome na lista da dívida ativa.
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