Tevê à manivela
Longe de dizer que o homem não tenha de ir além dos seus limites, já não temos os gênios da criação? O quê, a “bio-Lula” ainda não bombou? Não vinha junto com a ordem dos comprovados e bem assistidos “Curru PAC’s” de campanha? Ali, nas maquetes, na ponta do giz de cera, do fio de bigode... Lápis-borracha pra canhoto, infelizmente, também não inventaram. Quanto aos outros, em especial – e por excelência dos tablados –, não embromemos muito no assunto, irmãos! As promessas seguem adiante. Por hora, sim, a piada vai acalmar, cair no esquecimento. Memória curta nem na lembrança do fosfosol! Mas nem tudo está perdido, há esperança! Como tinha tudo pra dar certo, por que cortar na carne se a faca já cegou? Não cegou, ou será o Benedito? Mas que fique bem claro! Que dentre tamanhas circunstâncias extraordinárias – pouco importando se no princípio era apenas o verbo, ao que proveriam as miraculosas verbas, sempre estalando novinhas em folha, na ponta dos dedos – conseguir sobreviver com uma pulga só, atrás da orelha, virou brincadeira. Ou não havemos de grifar também que nessa vida o Joãozinho ou a Mariazinha aí de plantão, roendo as unhas no alto das cutículas, e mais refém do que nunca da nossa teledramaturgia diária, pensa que já viu de tudo? Como até pouco tempo a onda era do “Pay-per-view” (Pague para ver) em tempo passou da hora de batizarmos o slogan do “Pay to eliminate” (Pague para eliminar). Só que, junto ao milagre dos patrocinadores, quem acaba pagando a conta? Sossegue, pois das novas contas, afinal de contas, não precisamos saber em toda a sua enormidade. “Após um bambo numeral (acho que no ’cardeal’) TRÊS, vem o que mesmo?”. De quatro, não! Transparência zero é pra míope ou pra participante de fórum de imensas causas. Perdidas, né? E crentes que aprendemos a segurar a peteca (não fosse isso ela não vivia “petecando”, ops, de mão em mão) o drible tem sido um só. Paciente mesmo somente aquele que consegue ver-se livre dos divãs deixados por Freud que sequer podia ter sonhado com uma breve sessão de psicanálise próxima de um futuro efeito estufa! Por hora não falemos do pré(Sal) nem do “efeito bumerangue” que anda solto por aí e não é bicho-papão. Quando o sangue é bom a gente não descarta, certo? No caso dos mais simples e atentos articuladores do nosso “Planeta Diário” – tal aquele em que trabalhou o “Super Man” Clark Kent, que vivia sempre pronto, de capa sob o terno 99% algodão, cueca e pijama neon, pra sair voando em defesa dos mais fracos e oprimidos... Não fosse o fato do dedicado repórter usar óculos, quem descobriria sua verdadeira identidade? Coisa que de disfarces nem precisamos é tomar exemplos! A cópia só podia ter mesmo vencido o criador. “Eu crio, tu copias, e ele aprimora, certo?”. Se não for de primeira linha, como dizia minha ex-arrumadeira Creuza, ora em crise, tome intento! E que fique bem mais claro que isso! A propósito, sarado ou em vias de querer tentar ser, seja nas telas, nos flashes ou nas passarelas, pós Gisele Bündchen, ou aquela outra apetitosa Gyselle, do BBB’8, que todo mundo fatiou com os olhos, é corpinho ou é Mc Corpão? Ou existe lá algo em torno da “Lei do Funil” – larga para uns (poucos), estreita para outros? Biquíne CAVADÃO vale mais que debaixo do chuveiro do reality show rural da Record e que por sorte o Pedro Bial não quis dar uma espiadinha ainda. E quer mais! WEB MONEY só não muda na ordem dos fatores, nem mesmo dos costumes de repetir que os últimos serão sempre os últimos, só pra quem não quer. Ao pobre do cavalo dado (nada de querer ofender os humildes pangarés em cena, mas que se bobear ele te derruba) olhamos os dentes, sim, senhor! Quiçá, depois da manivela, não fosse o poderio feminino em questão... eu só tava querendo entender! Só não queiram me enganar do que seja também um 1000 ao contrário de mais quem, hein? Tamanho importa e é documento e vá lá de você querer tirar as medidas acaso duvide da linha do horizonte. Pedir “bis” não é só coisa de show GO GO GIRLS, ou MAN, nem de curso de risada com o lôro José e a Ana Maria Braga.. Vá lá, idem, idem, idem, que um pouco de celulite exposta não faz mal a ninguém. E nada de usar microondas quando se quer fazer vistas grossas com um simples prato de batatinhas. Como dos lendatários urbanos do presente estamos carecas de saber, deixar a orelha crescer a essa altura do campeonato seria covardia. E não é porque você viu na tevê vai querer fazer em casa, fica a quadrinha: “Fosse assim, num passe de mágica e plim! / Plim, plim, plim ! E se fosse assim, num mundo mágico e sim. / E se fosse... Se fosse assim!” – Bife com fritas hoje? – Xiii, igual aquele de ontem? Não, prefiro um Marshmallow.
Nota do Editor: Celso Fernandes (modarougebatom.blog.terra.com.br), jornalista, poeta e escritor, autor de “As duas faces de Laura”, “O Sedutor”, “Sonho de Poeta” (Ed. Edicon), entre outros. Colunista de Moda, Cultura & TV, escreve semanalmente em jornais, revistas e sites relacionados às áreas.
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