Num passado recente, elas enfeitavam suas cidades, funcionando em belos prédios históricos. Eram construções restauradas, reformadas... bonitas.

Hoje, os tempos são outros.

Cada vez mais, mudam-se para construções mais modernas, mais práticas, mais funcionais... como dizem. Na grande maioria das vezes, são vistas pelas pessoas, com um misto de indiferença e desconfiança. E há quem aposte na sua total inutilidade.

Assim se apresentam, neste começo de século, as Câmaras Parlamentares Brasileiras: “As Casas das Leis”.

As Câmaras Municipais, o Congresso Nacional e o Senado Federal, são a rigor, os instrumentos da República. As ferramentas da democracia. Não produzem um centavo de riqueza. Existem, para cumprirem entre outras coisas, o papel de fiscalizadores do poder. A bem da verdade, ocupam papel importante no jogo democrático. Porém, ao longo dos anos, de escândalo em escândalo, e amparados por um sistema que afronta o país com seus privilégios e sua impunidade, viu sua imagem definhar.

Há um rosário de lembranças pouco edificantes sobre os nossos nobres parlamentares. No exercício de seus mandatos... e fora deles também. A nível nacional temos vários casos que traduzem este pensamento. Anões do orçamento, mensalão, fraudes, nepotismo, castelos, enriquecimentos duvidosos etc. O último agora, é o da farra das passagens aéreas. Virão outros...

Mesmo com todas estas mazelas, as Câmaras municipais, o Congresso Nacional e o Senado federal, são de vital importância para a democracia do país. De seu funcionamento regular, depende a estabilidade política do país.

Aqui em Ubatuba, o prefeito, reeleito de maneira incontestável, elegeu vários vereadores que o apoiavam. É um quadro extremamente favorável a sua governabilidade.

Como cidadão e eleitor, torço para que esta conjuntura política, se traduza em avanços para a cidade e benefícios para a população. E que, nunca, jamais e em tempo algum, nossos parlamentares municipais se mirem no mau exemplo de seus pares da capital federal.