Julinho Mendes | |
Tempos atrás, conversando com um japonês horticultor, no rio Escuro, decepcionado ele me contava sobre o prejuízo que os ladrões lhe davam ao roubarem suas plantações. Desiludido da vida, tava querendo largar tudo, vender suas terras, mudar de ramo, arriscar o Japão. - É a miséria geral do rico pobre povo brasileiro! - Falei. Quantas árvores já foram plantadas na calçada, da rua Liberdade, e quantas foram quebradas e arrancadas? Quantos sacos plásticos e garrafas pet, jogam diariamente em nossos rios? É a falta de consciência ecológica do rico pobre povo brasileiro! Quantas vezes quebraram o monumento do nosso histórico padre José de Anchieta? É a falta de cultura do rico pobre povo brasileiro! Quantos ricos pobres povo brasileiro passam fome diariamente? É a ganância e o egoísmo do rico povo brasileiro! Quantos ricos pobres povo brasileiro não tem educação de qualidade? É a ignorância do pobre rico político brasileiro! Quantos ricos pobres povo brasileiro calam-se diante da corrupção? É a crença do rico pobre povo brasileiro! Enfim. Enquanto ambientalistas fazem reuniões, servidores municipais conversam sobre sustentabilidade, vereador congratula prefeito, deputados trocam seus móveis e automóveis, tem gente plantando árvores e pedindo para conservá-las. Perguntaram se fui eu. Não fui eu, mas sem quem foi! Foi uma pessoa rica de esperança, rica de cultura, rica de educação, rica de conscientização... quem colocou a plaquinha e que vem plantando árvores às margens da estrada do Cais do Porto. Enquanto muitos fazem reuniões sem soluções, outros apresentam soluções sem reuniões. Plante uma árvore!
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