| Antonio Coutinho | | | | Pescador caiçara. |
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Aos fundos, um morro Testemunho de um passado Remoto ao índio Remanescente ao caiçara Ao chão, as areias Jundus, abricós e guaruçás Em extinção o habitat Perrexil e sapinhauá A silhueta retrata Os pés firmes em terra Assim como em canoa a rola Ou em mar a marola A silhueta retrata As paralelas das pernas ao remo Perpendicular a linha mar Em prumo zênite oposto A silhueta retrata A calça dobrada ao joelho Não esfrega nos artelhos Não molha no lagamá A silhueta retrata Braços fortes e mãos seguras São cabos, são redes Que prende o homem ao mar A silhueta retrata O rosto miramar É refolho no lagamá Ou cardume a saltitar A silhueta retrata O chapéu a sombrear O sol a escaldar O suor de dias ao mar A silhueta retrata O semblante da esperança O silêncio da fé O mistério que no mar festeja O sacrifício que Deus sobeja Pelo pescador conquistado A duros remos braçados Nota do Editor: O "Monumento do Caiçara", construído no trevo que interliga as rodovias SP-125 e BR-101, em Ubatuba (SP), completa 5 (cinco) anos em 2008.
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