Em época pós-eleição...
Sou consumidor, também de combustível, ou melhor, quem consome é meu Toyota Bandeirante. Não tenho posto exclusivo. Abasteço onde estou mais perto, no momento necessário, assim, acredito estar ajudando a todos os proprietários de postos em Ubatuba. Quanto ao atendimento desses postos, até o presente, não tenho reclamações. No posto do Jija até tomo cafezinho e água mineral, de vez em quando. Hoje, entrei no Ipiranga Kamomê e mais uma vez, nesses últimos dois meses, dei com os burros n’água, ou melhor, com o Toyota n’água. Não tinha combustível algum. Admirado fiquei, e saí me perguntando como é que um posto como o Kamomê fica sem combustível? Num outro posto, comentando com um gerente-frentista sobre o Kamomê, ele me relatou que dentre tantos problemas e dificuldades que passam os postos de combustíveis e o comércio em geral, em Ubatuba a situação é ainda mais complicada. Dando uma de quem não entendeu, perguntei o “por que?” da complicação em Ubatuba e o gerente-frentista respondeu: - Não temos movimento na cidade! Não se vê e nem se houve falar de algum evento (esportivo, cultural, eclesiástico...) que faça a cidade se movimentar, que traga turistas, que traga carros! Em quiosque não se pode fazer música! Tivemos a “Semana do Saco Cheio” em todas as universidades e escolas particulares do Brasil, poderíamos ter aqui alguns eventos destinados a esses alunos e professores, mas cadê? Tentando alegrar e dar ânimo ao gerente-frentista, lembrei-lhe que está acontecendo, desde o dia 4, o III Festival de Aves de Ubatuba. Balançando a cabeça e com cara de Monalisa na pintura de Leonardo Da Vinci, o gerente-frentista entregou-me o troco, agradeceu e voltou ao trabalho. Analisando a fala e observando a expressão facial do frentista, a conclusão é que: “De viola no saco, estamos de saco cheio”. Mas Ubatuba agora vai! É hora de tirar a viola do saco! A população reelegeu o prefeito, e o prefeito fez 90% dos vereadores, sem contar os reservas. Teremos uma grande orquestra de viola que será regida pelo grande violeiro Eduardo Cesar. A orquestra ubatubana caiçara Regente de frente: · Eduardo Cesar, com sua batuta mágica, seguirá as seguintes notas musicais: em si ma de ré sem dó. Lado direito (violas de ouro): · Violeiro Americano, de São Luiz do Paraitinga, vai arranhar sua viola country. · Violeiro prof. Adilson Lopes, natural de Taubaté, vai dedilhar sua viola caipira. · Violeiro Gerson Biguá, vai pontear seu violão de sete cordas. · Violeiro pastor Claudinei, caiçara nato, vai tocar chiba gospel com sua viola de cacheta. · Violeiro Maurão, também caiçara, vai bordear seu violoncelo com corda de imbé. · Violeiro Osmar, mineiro de Januária, vai improvisar com sua viola de casco de tatupeba. · Violeiro Dr. Ricardo, paulista de Itararé, vai esfregar a vara em sua rabeca de folia. · Violeiro Mico, paulistano, vai pagodear com seu banjo de couro de lagarto. · Violeiro Silvinho Brandão, caiçara nato, vai choramingar seu cavaquinho de cuia de cabaça. Lado esquerdo (único): · Violeiro Rogério Frediani, natural de Taubaté, com sua viola rachada, ainda não sabe se vai tocar em dó com força ou em ré pra frente. Regente detrás: · Rui Teixeira Leite, não fará poesias, mas ficará contando causos, pondo e tirando as violas do saco, para afinar. Música regenciada: · “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.
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