Dia desses, conversando com um companheiro da banda EX-CB sobre os rumos musicais nacionais e internacionais nos dias de hoje, acabamos por fazer uma volta ao passado, mais precisamente ao período mais criativo que existiu até hoje - o período clássico. Começamos a perceber, infelizmente, o quanto nossa criatividade, e a do mundo moderno, é pequena, limitada a cópias mal feitas do que já foi criado. Hoje em dia, com toda a tecnologia ao nosso dispor, e não são poucos os recursos atuais, não chegamos nem perto da criatividade e genialidade de um Mozart ou de um Chopin. Meditando mais tarde sobre essa conversa, cheguei à conclusão de que a superficialidade nos dias de hoje não nos permite vivenciar, experimentar nossas próprias emoções e sentimentos. Acostumamo-nos a sentir e viver o que "alguns" querem que sintamos e vivamos. Muitos dos meus alunos perguntam-me como conseguir a técnica tal, como tocar feito "fulano" e esquecem de buscar sua própria sonoridade, sua essência, seus sentimentos etc. Técnica, velocidade, estripulias, pirotécnicas etc. só servem para nos afastar da verdadeira música, do som perfeito: o som da alma. Reflita: busque o som que você quer transmitir, procure no interior de sua alma, sem preocupação do certo e do errado, a sua mensagem ao mundo ou a alguém. Afinal, o que é verdadeiramente certo neste mundo? Quem sabe o que é certo ou errado, bonito ou feio? Acima de tudo, seja você e não uma cópia. Isso será a sua verdade, o seu som! Nas próximas matérias, falarei sobre alguns aspectos mais técnicos da música, mas sem deixar de abordar outros não menos interessantes. Se você quiser saber algo técnico ou não é só entrar em contato que tentarei auxiliá-lo com todo o prazer. Até a próxima!
Nota do Editor: Pedro Carpinetti nascido em Ubatuba (SP) é professor de música e guitarrista. Mantém o blog Diário de um Tamoio.
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