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COLUNISTA
Julinho Mendes
04/01/2007 - 14h02
A arte política em Ubatuba
 
 

Dizem que política é arte!

Comparando as artes dos artistas em geral com as artes dos artistas políticos, faço algumas perguntas: “Arte de que? De ter o poder? De poder mandar e desmandar? De fazer e desfazer leis? De inventar e cobrar impostos? Isso é arte?”

Nesse final de ano fomos agraciados com uma “belíssima” obra de arte política, um presente de Papai Noel Grego, projetada e pintada por nosso prefeito e aprovada e emoldurada por alguns de nossos vereadores. Trata-se da lei n° 2898, de 28 de dezembro de 2006, que cria mais um tributo: a “Taxa de Serviço de Bombeiro”. Que beleza! Se não considerarmos a tal obra política como bela, pelo menos nós, pagadores de impostos, continuaremos orgulhosos por estarmos no pódio dos mais altos impostos do país. Que beleza!

Dos dez vereadores que a população paga para apreciar as obras do Sr. Prefeito, apenas sete votaram a lei, sendo que seis desses acharam a obra um verdadeiro trabalho de Pablo Picasso para o povo de Ubatuba; apenas um vereador votou contra, achando a obra ser abstrata. - Onde estavam os outros três vereadores para avaliarem essa tão importante obra que será imposta ao povo? Por que não quiseram opinar sobre a obra do prefeito? Será que não entendem de primitivismo, de abstrato, de modernismo???

Muito bem! Na minha opinião, eu diria que essa obra é assim primitivista, passando por um medievalismo e chegando num socialismo; porque é mais fácil fazer o povo pagar do que pensar em outra maneira de conseguir recursos sem onerar o bolso do já tão sacrificado contribuinte.

A obra é “bela", vai ajudar e prover recursos para aquisição de combustíveis, peças e lubrificantes consumidos pelos veículos e equipamentos utilizados na execução dos serviços de bombeiro, compra de veículos e de imóveis, trabalho de educação e prevenção, despesas com contratação e pagamento de pessoal civil, despesas com serviços de terceiros etc. (Isso é dever do Estado!)

Será que não foram estes dois itens finais que fez apenas um vereador pensar que a obra era abstrata e para formação de mais uma espécie de cabide de emprego, deixando de lado as necessidades reais dos oficiais do Corpo de Bombeiro nas mesmas condições de trabalho? (Vamos fiscalizar!)

E será que os três vereadores que não compareceram na sessão extraordinária para votar a obra do prefeito, não foram, por estarem reunidos pensando em projeto-obra semelhante o do prefeito, só que com intuito de prover os mesmos recursos para os professores da rede Estadual de Ensino, ou aos funcionários da Santa Casa? Quem sabe?

Para finalizar, lembro ainda que, em vésperas de temporada e de carnaval, foi vetada a lei sobre execução de música em bares, restaurantes e quiosques e que acabaram de vez com o carnaval na avenida Iperoig; obras de um verdadeiro Picasso para Ubatuba.

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