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COLUNISTA
Eduardo Souza
27/06/2004 - 15h07
O terrorismo e o Jabor
 
 

Um carro bomba explodiu no World Trade Center, em 1993, matando 7 e ferindo centenas. No mesmo ano, 18 membros das tropas americanas, em missão humanitária, foram mortos na Somália. O Bin Laden estava por trás desses atentados. Em entrevista à CNN, no ano de 1997, declarou a jihad contra os Estados Unidos. Em 1998, publica declaração com objetivo claro de que é dever de cada muçulmano matar americanos civis ou militares, assim como seus aliados. Nesse mesmo ano, um carro bomba explodiu na embaixada americana no Quênia e, poucas horas depois, outra explosão na embaixada da Tanzânia, resultando em 224 civis mortos e mais de 500 feridos. Em 2000, ataque suicida ao navio americano USS Cole, no Yemen, deixando 37 feridos.

Vejam vocês que esse verme desprezível do Bin Laden começou a semear o terror contra os norte-americanos em 1993, na gestão do democrata Bill Chupetinha Clinton. Por que será então que o nosso ensandecido Jabor, em comentário no Jornal Nacional, órgão da propaganda oficial do governo, no dia dezoito deste mês, de olhos esbugalhados, culpou o George Bush pela ação terrorista no mundo em virtude da invasão no Iraque? Digam-me, ó paneleiros! A decapitação do Paul Johnson, para o fundamentalista Al El Jabor, foi conseqüência da ação dos republicanos chefiados pelo Bush. Idiotia ou cinismo?

No final dos anos 70, Paul Johnson, não o decapitado, mas o conceituado historiador, em artigo denominado "Os sete pecados capitais do terrorismo" profetizou:

[...] "Esses ameaçadores aperfeiçoamentos do terrorismo tornaram-se possíveis graças à disponibilidade de apoio internacional, abastecimento e serviços de treinamento para os terroristas. O terrorismo já não é mais um fenômeno puramente nacional, que pode ser destruído a nível nacional. É uma ofensiva internacional - uma guerra aberta e declarada contra a própria civilização - que apenas pode ser derrotada por uma aliança ativa entre as potências civilizadas. O impacto do terrorismo - não apenas sobre os indivíduos, não apenas sobre as nações isoladas, mas sobre a humanidade como um todo - é intrinsecamente mal."
[...] "Para os terroristas, a violência não é apenas uma arma política, para ser usada in extremis: a violência é um substituto para todo o processo político. Os terroristas árabes, o IRA, a quadrilha Baden-Meinhof, os Exércitos e Brigadas Vermelhas do Japão e da Itália e outros, nunca mostraram qualquer desejo de se engajar no processo político democrático. Rejeitaram a noção de que a violência é uma técnica a ser empregada como último recurso, a ser adotada apenas se falharam todas as outras tentativas para se obter justiça."
[...] Os países que financiam e sustentam a infraestrutura internacional do terrorismo - que dão aos terroristas refúgio e abrigo, bases e campos de treinamento, dinheiro, armas e apoio diplomático como um assunto de deliberada política de Estado - são, sem exceção, Estados despóticos. Todos esses Estados têm governos militares ou policiais. A noção de que o terrorismo se opõe às "forças repressivas" da sociedade é falsa - de fato, é o contrário da verdade. O terrorismo internacional, e os vários movimentos terroristas a seu serviço, é inteiramente dependente da boa vontade e do apoio de Estados policiais."
[...] "Uma sociedade livre que reage ao terrorismo pelo recurso aos métodos autoritários se prejudicará necessariamente. Mas um perigo muito maior - e muito mais comum hoje em dia - é que tais sociedades livres, em sua ansiedade para evitar os excessos autoritários, deixam de se armar contra a ameaça terrorista, e assim abdicam à sua responsabilidade de manter a lei".
[...]"Encontramos governos libertando criminosos condenados, em resposta a exigências de terroristas; concedendo a terroristas o status, direitos, vantagens e, acima de tudo, a legitimidade de interlocutores em negociações. Encontramos governos concedendo a terroristas condenados o status oficial e privilegiado de prisioneiros políticos, o que é sempre uma asneira e uma rendição. Encontramos jornais e redes de televisão - e, freqüentemente, redes estatais de televisão - colocando governos democráticos e terroristas em um nível de igualdade moral. Encontramos governos se omitindo em seu dever de persuadir o público de que os terroristas não são políticos desencaminhados. Eles são criminosos."

Cito, para encerrar, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Timor-Leste, prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta: "Em quase 30 anos de vida política activa, apoiei o uso da força em várias ocasiões e não esqueço que as conseqüências de não fazer nada perante o mal foram graficamente demonstradas quando o mundo se pôs à parte e não impediu o genocídio do Ruanda. Nessa altura, onde estavam os manifestantes pela paz? Estavam tão silenciosos como estão hoje face aos bárbaros comportamentos dos fanáticos religiosos." [...] "É sempre mais fácil dizer não à guerra, mas ser politicamente correcto significa deixar os inocentes a sofrer, desde Phnom Penh a Bagdad. E é isso que quem foge do Iraque corre o risco de estar a fazer."


Nota do Editor: Eduardo Antonio de Souza Netto [1952 - 2012], caiçara, prosador (nas horas vácuas) de Ubatuba, para Ubatuba et orbi.
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