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Ano 1 - Nº 12 - Ubatuba, 13 de Setembro de 1998
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· Alguém nos proteja dos ciclistas de Ubatuba
    Rosângela Arnoni
    articulista@ubaweb.com

Rua Thomaz Galharto - Foto: Mauro Roberto Santos

É com muita dificuldade que escrevo este protesto, pois estou acamada, com hematomas e ferimentos em boa parte do corpo, vítima mais uma vez de um ciclista nesta cidade.
Acreditem ou não, esta é a quarta vez que me envolvo ou me envolvem em acidentes com bicicletas.
Não que eu seja desastrada, descuidada, já dirijo a 20 anos e nunca provoquei ou fui vítima de acidente com automóveis.
Todas as vezes eu estava "parada" em meu carro e fui barbaramente atingida por bicicletas desgovernadas, apenas nesta última estava sem meu carro, fazendo minha caminhada por um dos locais mais tranqüilos de Ubatuba, na estrada do Cais, quando fui literalmente atropelada por um ciclista em grande velocidade com uma bicicleta sem freios. Além do choque fui jogada contra o asfalto.
Não estou vindo até um orgão de comunicação para contar minhas desventuras com bicicletas nesta cidade, estou querendo sim que seja adotada uma postura mais enérgica com os ciclistas que somos obrigados a conviver.
O que vemos é alarmante, em saídas de escolas, crianças e adolescentes pegam suas bicicletas e enfileirados vão conversando, brincando, ocupando toda via com suas "possantes" armas contra a população e contra eles próprios.
Quem consegue trafegar a Thomaz Galhardo por mais de 3 quarteirões sem ser fechado por um ciclista? Quem consegue atravessar o trecho de rodovia que vai do Itaguá até o centro, sem ter algum ciclista disputando a pista?
Quem nunca foi xingado por esses ciclistas cheios de "razão" quando estava virando alguma rua, prestando atenção no sentido do tráfego e eles sempre na contra mão desfiam um rosário de malcriações e ofenças?
É preciso um empenho urgente dos orgãos competentes desta cidade (prefeitura e polícia) para no mínimo se fazer uma campanha de informação e conscientização.
Palestras em escolas é fundamental para uma boa educação de como trafegar, por onde trafegar e como se portar com mais algum ciclista.
Se faz necessário uma triagem, por parte dos policiais, das bicicletas que estão em estado precário onde freio é quase sempre inexistente.
Ciclovia seria "pedir demais", mas acho que faixas, cartazes e campanhas, não seriam tão onerosos para nossa Prefeitura.
A grande população de Ubatuba é dependente de bicicleta como meio de transporte, já está na hora deste assunto ser tratado com um pouco de atenção e seriedade.
Por eles próprios (os ciclistas), por nós motoristas e pedestres, esse apelo se faz urgente.
Quando você, ciclista pegar sua bicicleta para sair por aí, tente respeitar a vida das pessoas que estão nas ruas, fazendo isso você será o maior dos beneficiados.
Ciclista: sua vida também é frágil, lembre-se disso.Fim do texto.
· Regulamentação:
  garantia de qualidade e segurança

    André de Fazio
    articulista@ubaweb.com

O que o consumidor espera do profissional, seja ele um engenheiro, um advogado ou um jornalista? A resposta é que o consumidor quer ter, acima de tudo, níveis adequados de qualidade de vida e sua segurança garantida, requisitos que, em muitos casos, só podem ser cumpridos plenamente se contarem com profissionais bem preparados.
Recentemente o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) defendeu, equivocadamente, a desregulamentação de algumas profissões, entre elas a de engenheiro. Um dos argumentos usados foi de que a desregulamentação seria uma forma de "não tornar o mercado limitado". Outra foi que, em muitos casos, as restrições impostas pela regulamentação não atendem ao interesse do consumidor.
Ora, a regulamentação das profissões é um dos pilares da qualificação profissional. Os conhecimentos específicos para o exercício de atividades como a construção de edifícios públicos e privados, construção e operação de hidrelétricas ou implantação de sistemas de telecomunicações estão agrupados nas universidades. São benefícios que chegam à sociedade através do trabalho desses profissionais.
Comparar a qualificação profissional a uma "reserva de mercado", como fez o Cade, é um lamentável engano. A regulamentação é, antes de tudo, mais uma garantia para o cidadão contra o mau exercício profissional.
Vamos dimensionar um pouco mais o que poderia significar um futuro com as profissões de engenheiro ou advogado, por exemplo, desregulamentadas. O leitor teria segurança para morar com sua família em uma edifício que não foi feito por um engenheiro devidamente habilitado? Confiaria decisões estratégicas de sua empresa ou sua defesa a um advogado que não se submeteu exaustivamente ao estudo dos códigos do nosso País?
Pois é esse o cenário que nos ameaça e que prontamente foi rechaçado pelo Crea-SP, cujo programa de trabalho da atual gestão, Tecnologia pela Vida, tem na educação e na formação dos profissionais por ele abrangidos uma diretriz fundamental.
A regulamentação profissional está longe de significar um empecilho para o desenvolvimento social como quiseram nos fazer acreditar. Ela é fundamentalmente a garantia de toda a sociedade contra o mau profissional.

Nota do Editor: O engº André de Fazio é presidente do Crea-SP - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo e da Câmara dos Profissionais Registrados nos Conselhos e Ordens do Estado.
 Fim do texto.

 

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