A avalanche dos produtos falsificados no mercado se intensifica na época do Natal tornando difícil para o consumidor resistir à tentação em comprar mercadorias com menor preço. No caso de artigos natalinos, em especial, o ideal é adquirir sempre produtos de marcas conhecidas ou de procedência confiável. "Os consumidores não imaginam os riscos por trás dos produtos que compõem uma mesa natalina", afirma Rosemary Vianna, diretora de Consumer Testing da SGS do Brasil, líder mundial em certificações, testes e inspeções. Segundo ela, as toalhas de mesa e louças feitas à base de tinta dourada podem apresentar uma quantidade de chumbo acima do permitido. No caso dos enfeites luminosos, a opção barata pode causar problemas na rede elétrica e desencadear prejuízos. "O correto é observar a capacidade do fio, se o soquete é apropriado para uso em ambientes externos e por longos períodos de tempo e se o produto é antichama", orienta a diretora. A atenção não deve parar nos produtos eletrônicos. As velas, por outro lado, podem causar incêndio por causa de um descuido, principalmente se as árvores de Natal não obedecerem à norma NBR 13883/97, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que exige material não-inflamável para sua confecção. A mesma norma restringe a comercialização das bolas de enfeite natalino que quebram facilmente, provocando pontas agudas e cortantes. Neste caso, vale um cuidado redobrado na hora de escolher a opção mais barata. A orientação é sempre comprar em lojas que comercializam produtos de empresas que seguem a regulamentação. Na hora de preparar a mesa, os alimentos também merecem cuidado. A maior preocupação é o nível de aflatoxina, substância perigosa, formada pela ação de fungos, que comumente contamina nozes, castanhas e amêndoas. É recomendável ficar atento sempre à data de validade dos produtos e a procedência.
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