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Meio Ambiente
25/09/2005 - 07h19
Cuidar do lixo é a maior limpeza!
 
 

O problema do lixo é uma das questões de maior urgência no mundo atual. Em metrópoles como São Paulo, os aterros encontram-se saturados e o volume de lixo produzido cresce a cada dia. A solução deste problema não é responsabilidade apenas dos administradores públicos, mas sim de toda a população, que precisa se mobilizar para produzir soluções viáveis. Para isto, um ótimo ponto de partida é a escola, que pode despertar deste cedo uma consciência ambiental nas crianças e iniciar um profundo processo de mudança cultural.

Em maio deste ano, o Colégio Pentágono criou o Projeto Compostagem, cujo objetivo era dar nova utilidade ao material orgânico que antes ia para o lixo. A idéia era mostrar para os alunos do Ensino Médio que existem ações relativamente simples que podem ser postas em prática no dia-a-dia e que produzem resultados positivos.

Para se transformar em realidade, o projeto, que foi estruturado em três fases, precisou da colaboração de funcionários, professores e alunos. Na primeira etapa, os estudantes pesquisaram sobre o processo de compostagem e produziram relatórios. Com as informações reunidas, iniciaram a etapa prática em que, literalmente, tiveram de colocar a mão na massa. Auxiliados pelas cozinheiras do refeitório e pela equipe de manutenção da escola, os alunos passaram a cuidar diariamente de suas pilhas de composto.

Na cozinha, a matéria orgânica (cascas de ovo e de frutas, restos de saladas e verduras) era separada em sacos, que eram recolhidos pelos alunos e levados até o bosque do colégio. Em um espaço especialmente reservado para o projeto, a matéria era misturada com terra e folhas secas e depois, regada. A cada dia, uma nova camada era acrescentada à pilha. Nesse momento, outros personagens entravam em ação: os organismos decompositores, que na presença de oxigênio, provocam a decomposição dos restos de alimento. Este processo torna a terra rica em nutrientes, podendo ser utilizada como adubo - e o melhor: sem a adição de qualquer tipo de produto químico. Terminada a fase da compostagem, todo o adubo produzido passou a ser utilizado na horta do Colégio Pentágono, que é cuidada pelos alunos da Educação Infantil e do Fundamental 1.

Para finalizar o projeto, os estudantes apresentaram para seus colegas da 1ª a 6ª séries do Ensino Fundamental tudo o que aprenderam. O sucesso foi tão grande que alguns alunos, inclusive, ensinaram seus pais a utilizar a técnica nos jardins de suas casas. "Acho que o processo de compostagem deveria ser mais divulgado, para que todo mundo ficasse sabendo que o lixo, que pode até causar doenças, se bem tratado pode se tornar uma coisa útil. No fim, todo mundo sai ganhando", afirma Gustavo Schulte, aluno da 1ª série do Ensino Médio da Unidade Alphaville.

Faça Você Mesmo

Gostou da idéia e quer tentar montar uma pilha de compostagem em casa? Então siga as dicas abaixo e prepare-se para ver o número de sacos deixados para a coleta de lixo diminuir sensivelmente.

1) Em primeiro lugar, é preciso ter um espaço adequado: se sua casa possui jardim, ótimo! Reserve um canto de cerca de 1 m² para a pilha. Normalmente, ela não libera odores, mas isso pode acontecer; portanto, escolha um local mais isolado. Esse local deve contar com a incidência da luz solar e estar ao abrigo de ventos excessivos.

2) Alguns itens básicos que você deve ter sempre à mão: terra, folhas secas e água.

3) Equipamento: luvas, rastelo, pá e regador.

4) Podem ser utilizadas quaisquer sobras de alimentos: casca de ovo, restos de vegetais crus ou cozidos e de frutas. Importante: como estamos falando de uma pilha caseira, devem-se evitar os restos de carne, para que ela não atraia animais.

5) Quanto mais picados estiverem os restos, melhor. Isso acelera a decomposição.

6) Misture uma porção de terra com as folhas secas e os restos de alimentos. Cubra a mistura com uma camada de terra. Regue a pilha até que ela fique úmida. É importante que o terreno tenha uma suave inclinação para que a água não empoce - se o terreno for plano, produza um declive artificial com uma tábua e um pouco de terra.

7) Mesmo que você não acrescente novas camadas de mistura, a pilha deve ser regada todos os dias.

8) Deve-se tentar manter um nível mediano de umidade. Não deixe a pilha encharcar ou secar por completo. Normalmente, em dias úmidos, basta regá-la uma vez. Nos secos, de duas a três vezes.

9) Para melhorar a aeração, no início a pilha deve ser "virada" (remexida) a cada 7 dias. Depois do primeiro mês, basta repetir a operação a cada 15 dias.

10) Após 4 ou 5 meses de manejo, você terá como resultado uma terra extremamente rica em nutrientes, ótima para ser utilizada no jardim ou em vasos de plantas.

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