Como muitas outras ferramentas de mercado, eco etiquetas, podem aumentar faturamentos e diminuir custos além de agregar valor à imagem da empresa e dos seus produtos.

Imagine que um consumidor possa escolher entre produtos e empresas que têm um diferencial positivo e outros que não tenham. Um oferece melhor qualidade de vida para a família do comprador e a sua comunidade e outro aparentemente não está preocupado com ele.

Qual ele escolheria?

A etiqueta socioambiental funciona como um orientador de consumo eficaz para a população do planeta. Torna o consumidor fiel à marca.

Quem é que após consumir um produto ou serviço diferenciado vai optar por um outro sem esse atributo? Sabe-se também que a eco etiqueta resulta em melhoria constante nas técnicas, procedimentos produtivos e na qualidade final, pois o certificador está em contato com as mais recentes descobertas e inovações nas áreas em que certifica.

Sem dúvida, os selos e certificações são também uma ferramenta para a educação ambiental, que assinala, dentro de uma escala de produtos similares, qual é o mais benéfico para o meio em que vivemos.

Outro ponto interessante é que a qualidade e a credibilidade das eco etiquetas dependem da instituição que as outorga e as respalda.

Ao contrário do que se imagina, uma eco etiqueta não venderá mais o produto ou serviço, apenas porque a instituição outorgante fez uma bonita campanha de marketing para difundi-la. Uma decisão errada da empresa usuária da eco etiqueta, escolhendo uma organização "barulhenta" como outorgante, pode tornar-se um fardo pesado para ser carregado no futuro.

A instituição outorgante deve, antes de qualquer coisa, possuir uma história que não inclua violência ou, atos e manifestações impulsivas ou impensadas, que possam causar transtornos futuros à imagem do outorgado.

A entidade que concede a certificação tem que ser um parceiro confiável em longo prazo, pois a empresa não está adquirindo o produto "selo", mas sim contratando uma parceria socioambiental, onde os objetivos da empresa e os da instituição devem ser coincidentes.

Finalmente, a outorga do selo não aumentará o faturamento da empresa se esta não divulgar convenientemente a certificação e a instituição que a concedeu.

O uso de um selo certificador é praticamente uma das condições necessárias para exportar para paises desenvolvidos. Esta forma de certificação, na versão exportação: Green Label, atesta que o produto é ecologicamente correto.

A maioria das certificações tem caráter específico, é concedida para um determinado produto ou serviço e não pode ser estendida para toda uma linha de produção.

Um levantamento do Instituto Ipsos, entregue a revista EXAME, verificou que os consumidores são propensos a recomendar aos amigos a aquisição de produtos e serviços de empresas que apóiam projetos socioambientais e exigem comportamento idêntico dos seus fornecedores.

Sabendo que o consumidor dá preferência a produtos e serviços certificados, é natural que as empresas que adotam essas práticas sejam as mais lucrativas.

No Brasil, não é necessário pagar mais para consumir produtos amigáveis. Empresas podem atuar em parceria com organizações OSCIPs e utilizar os benefícios da lei para lançar suas despesas no imposto de renda.

Os interessados poderão obter maiores detalhes sobre selos e certificações no portal www.cnda.org.br. Sua empresa pode ter o direito de utilizar algumas destas certificações e não estar se beneficiando disso.