Campanhas alertam pessoas sobre os diversos problemas que o cigarro acarreta
| Divulgação | | | | Bitucas. |
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Faz tempo que o cigarro perdeu todo o glamour e charme criado por Hollywood. Por muito tempo, com campanhas publicitárias que incitavam liberdade e ligava o fumo ao esporte, as indústrias de cigarros esconderam os males causados por eles. É notável que cigarro não combina com esporte. Ao contrário do fumo, que só causa danos à saúde, o esporte proporciona o bem estar físico e mental, além de inúmeros benefícios. Mesmo com todo o trabalho realizado pelo Ministério da Saúde para apagar a imagem "saudável" criada pelas antigas publicidades, milhões de brasileiros ainda faz uso do cigarro, esse que a cada ano aprisiona novas vítimas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, no ano de 2020, o vício do cigarro levará mais de 10 milhões de pessoas à morte. Hoje, o número de óbitos ligados ao fumo é de 3,5 milhões por ano, sendo 200 mil só no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o INCA, dos cerca de 1,25 bilhões de fumantes no mundo, mais de 30 milhões são brasileiros. O fumo é o principal causador de câncer de pulmão, boca e laringe, doenças do coração e enfisema pulmonar. Vale lembrar que o cigarro causa males à saúde, inclusive a dos não-fumantes, que são expostos aos riscos de doenças cardiovasculares e respiratórias. A fumaça do cigarro contém mais de 4 mil substâncias nocivas, pelo menos 40 delas, conhecidas como cancerígenas. Outros problemas - Além dos danos diretos ocasionados pelo fumo outros fatores também preocupam. Após terminar de fumar o cigarro, a maioria dos fumantes tem o péssimo hábito de jogar a bituca em vias públicas. Esses filtros trazem problemas gravíssimos à natureza. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, o IBAMA, alerta, principalmente, sobre as pontas de cigarros acessas, que podem provocar queimadas ou matar animais que as ingerem. Preocupada com a quantidade de bitucas de cigarros deixadas nas praias, a ong SOS Praias Brasil abraçou uma campanha de conscientização ambiental voltada para os fumantes. Os agentes da ong passarão a distribuir o Ecotray, um cinzeiro ecológico feito de plástico reciclado e reciclável, para os fumantes nos eventos que participam. Essa parceria com a Ecotray Soluções Ambientais, responsável pela criação do objeto, almeja minimizar o problema nas praias e alertar os fumantes. A primeira experiência ocorreu no mês passado, durante a segunda etapa do Super Surf, em Maresias. Foram distribuídos 500 cinzeiros no evento. Segundo Heloísa Azevedo, presidente da ong, o Ecotray foi bem aceito e comentado entre a galera do surf. "Dessa vez encontramos menos bitucas, 3.405", explica a presidente sobre o trabalho iniciado no Super Surf, na Praia do Rosa, em Santa Catarina. Além disso, o trabalho foi intensificado com os fumantes, que são abordados e lembrados da importância de não jogarem filtros de cigarros na areia. "Usamos fantasias de bituca, latinha, papel e do Ecotray. Fizemos gincanas com as crianças e distribuímos brindes", conta. Surfistas como Danilo Costa, vice-campeão da segunda etapa, também apoiaram a ong e participaram das atividades na barraca da SOS Praias Brasil. "Depois do Super Surf, fomos para a Feira do Surf e encontramos várias pessoas que portavam o cinzeiro e outras que queriam adquirir", comenta Helô, que espera que os fumantes percebam o mal que estão fazendo, não só para si, mas também à natureza. O cinzeiro acompanha um folheto informativo sobre como usá-lo e os diversos danos causados pelos filtros de cigarros jogados em lugares errados. Estudos realizados por biólogos mostraram que peixes, tartarugas, golfinhos e outros animais marinhos estão ingerindo tais coisas e morrendo. A ong estará na terceira etapa do Super Surf, que acontece entre os dias 13 e 17 deste mês, em Saquarema, no Rio de Janeiro. A SOS Praias Brasil conta também com a parceria de empresas conscientes da importância de preservação e respeito pela natureza como a Tent Beach, HD, Oakley e Abril.
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