A Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Educação, prepara a 5ª edição do Festival Música na Escola, que já tem data marcada para ocorrer: 24 de novembro, às 9h, no Centro Cultural Baía dos Vermelhos, no extremo sul do arquipélago.

O projeto Música na Escola acontece durante todo o ano letivo nas unidades escolares de Ensino Fundamental I e II, sendo ministradas pelos professores de artes e ‘padrinhos musicais’ (músicos locais credenciados pela Prefeitura) e alguns parceiros. “O Festival é a etapa final desse trabalho, que envolve os professores da disciplina de artes, incluindo capacitações, instrutores musicais, alunos e toda a equipe escolar”, declarou o prefeito Márcio Tenório.

Todos os anos a qualidade musical apresentada pelos alunos aumenta. “Quando nos referimos à qualidade musical, não estamos falando apenas da melhor voz; essas não são julgadas, já que o intuito é incentivar a música e não descobrir novos cantores;esse não é o nosso objetivo. A qualidade inclui as letras, os arranjos, a integração e a colaboração entre os estudantes. A música tem que ser sentida, tem que tocar e aflorar os sentimentos e o que há de melhor em cada um de nós”, explicou a coordenadora pedagógica de artes e responsável pelo evento, Andrea Battesini.

Os objetivos do projeto são muitos. “O Festival Música na Escola, proporciona espaço para que crianças, adolescentes e jovens expressem seus sentimentos por meio da melodia, mostrem o seu trabalho e conheçam o de seus colegas; desenvolvam a criatividade, a sensibilidade e a integração escola-família e comunidade. O trabalho utiliza a música como elemento pacificador; amplia o universo cultural, social e artístico de nossas crianças, abrindo espaço para o florescimento de novos talentos; desperta o protagonismo juvenil, o sentimento de pertencimento, o desafio e a integração com as demais linguagens e o respeito às diferenças”, salientou a secretária de Educação, Yeda Lopes.

Três fases compõem o festival; a primeira inclui o período de inscrições e ensaios, a segunda são as semifinais e a última, a tão esperada final entre os destaques de cada unidade escolar. “As semifinais são intensas, as crianças se dedicam muito, e apenas uma música passa para a grande final. Ser jurado é uma grande responsabilidade; é preciso perceber os detalhes da apresentação e na reação dos colegas”, disse Battesini.

As composições fazem parte do processo. “Muitas delas, soam como reflexões, desabafos, alertas, homenagens, contam a história de vida do aluno ou de sua família. Há relatos que nos surpreendem e nos emocionam, outros se destacam com letras engraçadas e hilárias”, observou o diretor pedagógico do ensino integral e jurado, João Paulo Souza.

O tema é livre e os gêneros, diversificados, como rap, romântico, pop, rock, gospel e muito mais. “Não é só a disciplina de artes, a língua portuguesa e outras matérias também têm participações importantes e fundamentais. Escrever uma letra, além de inspiração, necessita de coerência e interpretação de texto”, destacou Yeda.

História

O “Projeto Música nas Escolas” surgiu em 2012, mediante a necessidade de adequar uma metodologia para responder ao cumprimento da Lei 11.769/2008 que prevê a obrigatoriedade do ensino da música nas unidades escolares. Os professores de artes passam por formação quinzenalmente e são eles os disseminadores do conteúdo a todos os alunos do Ensino Fundamental I e II. Essas aulas representam hoje 25% da matriz curricular da disciplina.

Com o sucesso e bons resultados, talentos foram surgindo nas escolas, levando a Secretaria de Educação a incluir em seu calendário oficial dois eventos: o Festifan – inserido no “Projeto Música na Escola”, onde as Fanfarras das escolas de Ensino Fundamental II são orientadas por instrutores em aulas semanais, visando a apresentação no próprio festival e no Desfile de Aniversário da cidade, e o Festival de Música, com os alunos da rede municipal, na faixa etária de 6 a 14 anos.

A 5ª edição do Festival Música na Escola, acontecerá em 24 de novembro, às 9h, no Centro Cultural Baía dos Vermelhos, no extremo sul do arquipélago.