O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado neste 5 de junho e começo este artigo fazendo uma pergunta a todos que o estiverem lendo: o que temos a comemorar nesta data? Precisamos fazer várias reflexões, pensando no planeta que queremos para o presente e para o futuro. Relembro o artigo 225 da Constituição Brasileira, em uma de suas frases “defendê-lo e preservá-lo, o meio ambiente, para as presentes e as futuras gerações”, e percebo que pouco ou quase nada no país está sendo feito para cumprir com essas palavras. Grandes grupos estão licenciando áreas para empresas petrolíferas na costa do Amapá, onde há um verdadeiro santuário de vida marinha. Na cidade de Mariana e no Distrito de Bento Rodrigues, ambos em Minas Gerais, ainda são esperadas indenizações e recuperação ambiental depois do acidente da Samarco. As populações indígenas, algumas desconhecidas para os estudos etno-ecológicos, vêm sendo massacradas na Amazônia pelo garimpo ilegal. Há ainda a grande carga de esgoto nos rios e nos oceanos, além do lixo e sua destinação inadequada nos lixões a céu aberto, provocando inúmeras doenças a população em especial às crianças, futuras gerações. Parece o caos, mas, por outro lado, vemos gestos que podem mudar o mundo e projetos sendo realizados por pesquisadores brasileiros para melhorar o mundo à nossa volta, como a busca soluções para o destino adequado do lixo e plantas que produzem energia. As crianças, nossa geração futura, estão aplicando práticas de educação ambiental, preocupadas com o planeta. Um dia cheguei para uma criança de uma escola pública, onde realizo trabalhos de educação ambiental e perguntei: O que você quer ser quando crescer? E ela me respondeu: quero ser uma bióloga. E perguntei: porque você quer ser uma bióloga? E ela respondeu: Porque eu quero salvar o planeta! Ainda há esperança. E, ficam duas perguntas nesta importante Semana Nacional do Meio Ambiente: qual legado você quer deixar para as próximas gerações? Que tipo de planeta você está construindo para os seus filhos e netos? Nota do Editor: Rodrigo Berté – Diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.
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