O verão é a época do ano em que as praias do litoral brasileiro recebem um número ainda maior de banhistas. Mas, para não estragar o momento de lazer e de descanso, é preciso ter cuidado para evitar possíveis acidentes com alguns perigos que vêm das águas do mar. O biólogo João Alberto Paschoa dos Santos, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), alerta para os três riscos mais comuns e como as pessoas devem proceder em cada caso. - Água viva: em contato com a pele humana, o animal marinho solta uma toxina que provoca irritação e ardência. Mas, na maioria dos casos, o incômodo é passageiro e não demora muito a passar. E a própria água do mar pode ser usada para amenizar a dor. “Ao contrário do que muitos pensam, a água doce piora ainda mais o problema, pois ajuda a liberar o veneno dos tentáculos em contato com a pele”, diz o Biólogo. O problema se torna mais grave só se a pessoa for alérgica; - Bagre: nos últimos anos, uma onda de incidentes com peixes dessa espécie assustou banhistas, principalmente, no litoral paulista. O biólogo acredita que muitos casos se deram por falta de atenção das pessoas. Essa espécie geralmente não ataca humanos”, diz Santos. Para ele, muitos se feriram ao pisar em animais que já estavam mortos na areia, provavelmente descartados por pescadores. O ferrão do bagre ao entrar na pele também libera um veneno, que provoca uma forte dor. O biólogo recomenda que a pessoa vá ao hospital mais próximo para receber os primeiros socorros e que não tente se livrar do animal. “Seu ferrão é serrilhado e, ao tentar retirá-lo da pele, pode acabar agravando o ferimento”, alerta; - Ouriço-do-mar: habita principalmente as áreas mais rochosas do litoral, mas também costuma se esconder nas margens do mar sob a areia para se proteger de possíveis predadores. Se pisado ou tocado, os espinhos venenosos em contato com a pele também provocam uma forte dor. “Dependendo da espécie, o veneno pode ser mais ou menos potente. E, para algumas pessoas, pode causar náuseas ou até mesmo taquicardia”, diz o biólogo. Por isso, recomenda-se a retirada imediata dos espinhos com o auxílio de uma pinça e também atendimento médico.
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