Fábio Colombini / Fundação Grupo Boticário | |
A Associação Caatinga, organização não governamental, lança, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o Programa de Conservaçãodo Tatu-bola. O objetivo do programa é viabilizar o desenvolvimento de ações estratégicas do Plano de Ação Nacional para a Conservação do Tatu-bola, política pública federal criada em 2014 com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Associação Caatinga, e de 22 pesquisadores e ambientalistas de todo o país. As principais ações do Programa de Conservação do Tatu-bola pelos próximos quatro anos serão identificar áreas de ocorrência do animal com potencial para a criação de Unidades de Conservação e criar Unidades de Conservação em áreas prioritárias que favoreçam a permanência do tatu-bola nas florestas nativas. Espera-se que esses esforços somados às ações de sensibilização das comunidades próximas e mobilização da sociedade através de ações de comunicação contribuam para a redução da taxa de perda do habitat do Tatu-bola, em outras palavras ajudem a preservar a Caatinga. A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é parceira da Associação Caatinga em iniciativas de conservação da Caatinga desde 2003 e financiou ao longo de seus 25 anos quase 1.500 iniciativas de conservação da natureza, em todas as regiões do Brasil. “O apoio ao Programa Tatu-bola faz parte dos nossos esforços para ampliar pesquisas, políticas públicas e outras ações em prol da Caatinga, bioma que está ameaçado e que carece de medidas efetivas de proteção de sua singular biodiversidade”, afirma a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes. Para o coordenador geral da Associação Caatinga, Rodrigo Castro evitar a extinção do Tatu-bola vai muito além da preocupação com o animal. “O Programa de Conservação do Tatu-bola é uma iniciativa inédita voltada a essa espécie tão ameaçada. O Programa ressalta a necessidade de preservarmos as florestas da Caatinga, para o animal, para as outras espécies de animais e plantas e para a segurança hídrica no sertão. Tanto quanto o tatu-bola, nos também dependemos de florestas preservadas. Cuidar da Caatinga é garantir a vida e a produção de água num ambiente único no planeta”, afirma. O Tatu-bola O Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) ganhou notoriedade mundial ao ser escolhido como mascote da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, à partir de campanha desenvolvida pela Associação Caatinga mas fama não é tudo: trata-se da menor e menos conhecida espécie de tatu brasileira e corre sério risco de extinção. Devido à caça e à destruição de seu habitat natural, o tatu-bola está desaparecendo do mapa e consta da Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção como animal em perigo, nível de ameaça que está a apenas dois passos da extinção.
|