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Pela segunda vez, a equipe do programa de monitoração ambiental de tartarugas marinhas do entorno das usinas nucleares (Projeto Promontar) identificou a desova de uma tartaruga (espécie ainda não identificada) na Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ). Dessa vez, o ninho foi encontrado na Praia de Lopes Mendes. O Projeto Promontar é uma iniciativa da Eletronuclear – em parceira com Universidade do Estado do Rio de Janeiro – e atende a uma das condicionantes da Licença de Instalação de Angra 3, emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A Rede Remota de Resgate do Projeto Promontar (24-33620291), que atende aos chamados relativos a esse tipo de ocorrência, foi acionado na tarde do dia 12 de janeiro, através de uma ligação do Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG). O caso foi confirmado com a identificação do ninho e dos ovos depositados. Acompanhamento Para minimizar qualquer tipo de interferência ao local, a equipe do projeto escavou somente a boca do ninho, contabilizando, num primeiro momento, seis ovos. O local foi novamente tapado, mas, segundo o coordenador do projeto, Humberto Gitirana, acredita-se na possibilidade de conter cerca de cinco dezenas de ovos. Visando a proteção do local da desova, a área foi cercada, evitando a ação de curiosos e a escavação de animais. Foi realizado também a contenção da passagem de pessoas do perímetro de entorno do cercado. Todas as atividades foram realizadas em conjunto com a equipe de guarda-parques do PEIG e em comum acordo com os moradores locais, que ajudaram no isolamento do ninho, tendo a vista a chegada massiva de turistas na praia durante essa época do ano. A equipe do projeto deverá retornar à praia de Lopes Mendes daqui a 45 dias, para manutenção das estruturas montadas e averiguação do desenvolvimento embrionário. No mês de dezembro, o Promontar já havia identificado uma desova inédita de uma tartaruga-cabeçuda (espécie Caretta caretta) na Praia de Palmas, também na Ilha Grande.
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