Estação terminou sexta-feira (20) com chuva abaixo da média
Conhecido como um período mais chuvoso, o verão 2014/2015 terminou na sexta-feira (20) com chuva abaixo da média na maior parte do país, porém com algumas exceções na região Sul, partes da região Norte e também em São Paulo. As chuvas ficaram mais concentradas, no começo da estação, em todos os Estados da região Sul. Já em São Paulo, as precipitações foram mais frequentes em fevereiro, com uma lenta, mas gradual elevação do nível dos reservatórios que estão comprometidos desde o verão 2013/2014. Na região Norte teve muita água e inundações. Os acumulados de chuva chegaram a aproximadamente 700 mm nas capitais Macapá, Manaus e Rio Branco. Apesar disso, os acumulados ficaram abaixo do normal para o período nos Estados de Amazonas e Acre. Além disso, o verão foi um dos mais secos da história do Estado de Espírito Santo. Em Vitória, por exemplo, choveu apenas 80 milímetros, quando o normal seria mais de 300 mm. No Rio de Janeiro teve pouca precipitação, cerca de 200 mm, o que corresponde a 60% da média para a estação. Confira abaixo como foi o verão em cada região do Brasil: Norte Apesar dos transtornos com a cheia de muitos rios, o verão termina com chuvas abaixo da média na maior parte dos municípios do Norte. O nordeste do Pará foi a área mais afetada. Em Paragominas, por exemplo, choveu somente 200 mm, quando o normal seria quase 1000 mm. Por outro lado, na cidade paraense Tucuruí choveu 1130 mm, valor bem próximo da média para o primeiro trimestre de 2015. A estação foi mais quente que o normal em Roraima, Amazonas, Rondônia e Amapá. Nordeste O verão foi mais seco que o normal em praticamente todo o Nordeste. O acumulado do primeiro trimestre não chegou aos 50 mm no noroeste do Maranhão, sertão dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e no norte da Bahia. Já em Bacabal, no Maranhão, choveu aproximadamente 750 mm, alcançando a média do trimestre. O calor foi mais do que o normal também no interior do Nordeste, devido à falta de chuvas, com temperatura 5 ºC mais elevada que o normal em Itapetinga, na Bahia. O mesmo não foi visto na maior parte das capitais, que tiveram temperaturas dentro da média por causa da água do mar, que está mais fria que o normal. Centro-Oeste A situação não foi diferente na região Centro-Oeste. No oeste de Mato Grosso do Sul houve menos de 50 mm de chuvas, mas em áreas do oeste e noroeste de Mato Grosso, choveu mais de 950 mm, como em Comodoro. A temperatura, no entanto, ficou acima da média, com desvios entre 2 °C e 3 °C em Mato Grosso do Sul e em torno de 1 °C em Goiás. Sudeste O verão no Sudeste pode ser dividido em duas partes. A primeira delas é que depois de um janeiro mais seco, o Estado de São Paulo recebeu chuva mais intensa nos meses de fevereiro e março, finalizando a estação com precipitação acima do normal para o período. Já a segunda parte corresponde aos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que tiveram o verão mais seco que o normal. Os acumulados de chuva ficaram abaixo dos 100 mm no litoral norte do Rio de Janeiro, todo o litoral do Espírito Santo e municípios do leste e norte de Minas Gerais. A estação foi mais quente que o normal no Sudeste. A máxima ficou mais de 5 ºC acima da média no Vale do Paraíba, em São Paulo, na região de Araxá, em Minas Gerais, e também no sudoeste do Espírito Santo. Sul A estação termina com acumulado acima da média em praticamente toda a região. Ela começou úmida, mas terminou mais seca por causa da diminuição da temperatura da água do Pacífico Equatorial Leste. Em Morretes, no Paraná, choveu aproximadamente 700 mm, correspondendo à média trimestral. Apenas algumas áreas receberam menos chuvas que o normal, como a cidade paranaense Icaraíma, com menos de 150 mm quando o comum seria 450 mm. A temperatura oscilou muito na região Sul, com a máxima próxima do normal na maior parte dos municípios do Rio Grande do Sul. Já em Santa Catarina, teve mais calor que o normal no litoral e em Florianópolis, mas a máxima ficou abaixo da média no oeste do Estado. Por fim, o calor acima da média predominou especialmente no leste e norte do Paraná. De acordo com a Somar Meteorologia, o outono será mais úmido que o normal no Sudeste e Centro-Oeste, porém mais seco no Norte e Nordeste. “As ondas de frio chegarão com mais intensidade e frequência, fazendo com que a nova estação seja mais fria do que vimos em 2014”, comenta o meteorologista Celso Oliveira.
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