Ainda é longo o caminho para que as sociedades ajam em favor da preservação dos recursos hídricos nos níveis ideais ao atendimento das necessidades humanas futuras. Sabe-se que é um processo em que o passo essencial para a melhoria das questões relativas à água é a conscientização. Sejam crianças, jovens ou adultos, é fundamental que as pessoas, em qualquer posição, se deem conta de seu papel nestas questões. É a partir deste reconhecimento que será possível a realização de ações conjuntas em diversos aspectos, como propõe a Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu o ano de 2013 como o "Ano Internacional para a Cooperação pela Água", demonstrando a grande preocupação da entidade quanto à questão hídrica. Entende-se por cooperação pela água ações de aspectos culturais, educacionais, científicos, religiosos, éticos, sociais, políticos, jurídicos, institucionais e econômicos, em abordagens complementares para que os resultados sejam mais abrangentes. De um entendimento geral da sociedade quanto aos fatores envolvidos dependerá a superação dos desafios que se desenham atualmente: poluição, desperdício, falta de tratamento de esgoto, uso racional dos recursos hídricos, criação de políticas eficientes de captação, distribuição, armazenamento e abastecimento de água. Não é fácil, isto é sabido. Porém, esta iniciativa tem por objetivo formar um consenso sobre as respostas adequadas a estas questões. No âmbito público, faz-se necessário que exista um compromisso com as políticas de saneamento, que promovam o uso dos investimentos nos serviços de água e esgotamento. Vale lembrar que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em 2011, mais de 70% dos municípios brasileiros não contam com projetos estruturados nestas áreas. A universalização destes serviços é um grande desafio no País, mas também é urgente. É preciso que se realizem esforços no sentido de prover as pessoas de serviços básicos. Paralelamente, as indústrias devem intensificar o desenvolvimento de tecnologias e produtos que favoreçam a proteção dos recursos hídricos e a reutilização de água oriunda de tratamento de efluentes em fins não potáveis, uma prática ainda em ascensão a ser difundida tanto por concessionárias quanto indústrias. Ações em favor da preservação dos recursos hídricos são fundamentais para um país como o Brasil, que detém cerca de 12% de toda a água doce do mundo. Ainda assim, o manejo inadequado da água pode comprometer o abastecimento nas gerações futuras. Isto inclui o elevado desperdício de água verificado nos encanamentos, nas irrigações e no abastecimento falho. Segundo a Agência Nacional de Águas, o desperdício deste recurso chega a 40% no País. É um índice muito alto. Neste contexto, este ano, se bem aproveitado, poderá ser muito útil para o levantamento de possibilidades e para a adoção de medidas efetivas para a ampliação dos serviços de saneamento básico e para a utilização racional de um bem finito, indispensável à vida humana. A hora é agora! Nota do Editor: Giovani Toledo é Gestor da Unidade de Negócios Mizumo (www.mizumo.com.br) – referência nacional em sistemas pré-fabricados para tratamento de esgoto sanitário.
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