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Meio Ambiente
21/02/2005 - 12h13
Educação Ambiental, sabia como e quando usá-la
Rafael Hadad
 

Educação Ambiental? Quando falamos neste termo, logo pensamos em bichos e plantas. É natural pensar assim, pois aprendemos desde pequenos que o termo ambiental se refere à natureza. Mas o que é natureza? Nós, seres humanos, temos que aprender de que defender a natureza não é só cuidar de plantas e bichos, pois nós, fazemos parte dela e, portanto, não basta apenas defender as florestas e os animais, é preciso também defender a melhoria na qualidade de vida das populações humana, sem deixar de cuidar das plantas e dos animais, pois tanto a nossa vida quanto a deles, depende das inúmeras relações que existem em um ecossistema, onde nada vive isolado um do outro.

O que é Meio Ambiente? Meio ambiente é um conjunto de elementos abióticos (sem vida) e bióticos (com vida), por isso, o meio em que vivemos, seja em: casa, escritório, escola, praia e mais, é Meio Ambiente. Assim, devemos defendê-lo para que não haja mais lixos espalhados, valas de esgoto, ar e água poluídos, barulho, alimentos contaminados e muitos outros fatores que provocam doenças, além de tornar a qualidade de vida mais feia e infeliz.

Acredito que nenhum de nós nasceu para ser infeliz. Cuidar da natureza é também, uma forma de garantir a felicidade humana, pois ninguém consegue ser feliz vivendo num lugar poluído, onde não existem árvores, pássaros e outros animais.

Por isso, aprender a defender o Meio Ambiente é uma questão ética e cultural e, é por esse motivo, que se fala hoje em dia tanto em Educação Ambiental, onde a mesma não se aplica apenas aprendendo a defender os animais e plantas e sim, a cuidar de sua casa, seu ambiente de trabalho, sua região, e por aí vai.

Defender a natureza não se pode resumir apenas em buscar novo relacionamento de nossa espécie com o planeta, mas principalmente buscar um novo relacionamento entre nós próprios, seres humanos.

As árvores não são derrubadas, a fauna sacrificada ou o Meio Ambiente poluído porque nossa espécie desconhece os impactos dessas ações sobre a natureza. Não é por falta de conhecimento que o Meio Ambiente é destruído, mas devido ao atual estágio de desenvolvimento existente nas relações sociais de nossa espécie. Portanto, é preciso que haja uma educação comportamental, um desenvolvimento sustentável. Saber que para a grande parte da população, que hoje é a classe baixa, o interesse em ecologia é preciso para eles terem: moradia, alimento, emprego, escola, bons salários etc.

Ecologia hoje, é para as classes mais altas, que já resolveram estes problemas sociais, e buscam uma qualidade de vida.

A Educação Ambiental, portanto, constitui-se num desafio. Primeiro dentro do próprio sistema educativo, atuando com as gerações mais jovens os conceitos, valores (éticos e culturais) e ideologias das gerações adultas. Depois, separando informação de formação. Saber como e quando informar, não é pela quantidade de informação que a população aprende a pensar criticamente.

Sem ter uma base que permita a ela uma compreensão do que esta sendo exposto, o receptor acaba tornando-se insensível diante da poluição de informação. As palavras acabam perdendo o significado de importância e, assim, tanto faz derrubar uma árvore como uma floresta.

A educação, por sua vez, tem que ser colocada de forma agradável e sutil, sem agredir e acusar a quem aprende. Deve-se, portanto, associar-se aos meios de comunicação para que a partir das informações veiculadas, possa desenvolver um processo educativo, crítico e participativo, adequado à realidade dos alunos, sabendo separar por regiões, culturas e estilo de vida.

Não adianta nada falarmos para as crianças das grandes cidades para protegerem a baleia branca se a grande maioria nunca viu uma baleia. Não que isso seja errado, mas se as mesmas tiverem consciência de proteger o seu Meio Ambiente, automaticamente ela protegerá, não só a baleia branca, mas sim outras espécies. Não adianta falar em uma periferia para os mesmos não jogarem o lixo ao ar livre se os mesmos não tem um saneamento básico. Tudo isto tem que ser avaliado antes de ser aplicado. É preciso entender que, cada região é diferente uma da outra e, portanto, a Educação Ambiental tem que ser estudada antes de ser aplicada.

Outro fator muito importante, é que o educador possa falar uma linguagem que seja percebida por todos, especialmente pelas lideranças dos movimentos comunitários, sindicais, profissionais, enfim, aqueles que possuem o poder de multiplicar e produzir informações e de contribuir para o processo de transformação social.

Todos nos desejamos viver em um mundo melhor, mas ninguém se preocupa em tomar atitudes, sempre esperamos que tudo comece do outro, por exemplo: esperar que o vizinho ou amigo o convide para plantar uma árvore ou começar com uma coleta seletiva. Se realmente queremos um planeta preservado, de verdade, é preciso termos iniciativa, procurar órgãos e entidades, para esclarecer dúvidas e fazer parte deste grupo, procurar empresas que apóiam o meio ambiente e comprar produtos ecológicos.

Um sábio chinês chamado Confúncio disse, há cerca de 5 mil anos, que se alguém quisesse mudar o mundo, teria de começar por si próprio, pois mudando a si próprio, sua casa mudaria. Mudando sua casa, a rua mudaria. Mudando a rua, o bairro mudaria. Mudando o bairro, mudaria o município e assim por diante, até mudar o mundo.

Finalizo aqui este texto agradecendo e deixando a redação feita pelo Aluno da 4º série: Lucas L. Comparoni, da Escola Municipal Major Silvio Fleming, em um dos trabalhos de Educação Ambiental, feita pelo Projeto EcoONDA (Antigo Projeto EcoSurf), onde ele teve a consciência e resumiu em poucas palavras o que buscamos para o futuro:

"Um dia, um dono de um lixão foi a uma floresta capturar um mascote e, então, ele resolveu capturar um mico leão dourado.

Então, conforme ele foi deixando lixo espalhado pela floresta, capturou o mico da mãe dele, mas três super-heróis tiveram que deter este caçador e pegar o mico.

Mas não acabou a saga do caçador. Ele começou a poluir o rio e, então, estes três super-heróis tiveram que entrar em ação novamente e conseguiram tirar o lixo do rio e prenderam o caçador em uma jaula que se chama prisão.

Mas espere. O caçador fugiu da prisão e dessa vez ele está fedido e cheio de lixo pelo corpo e, desta vez, ele iria poluir tudo o que encontrasse. Mas onde será que está nossos três super-heróis?

Ah, eles estão em uma escola que se chama Major Silvio Fleming e estão recrutando novos heróis do futuro, ensinando a preservar o meio ambiente, jogando o lixo no lixo.

Então, os nossos três super-heróis e seus aliados enfrentam o nosso vilão e a floresta foi salva graças aos nossos três super-heróis e seus aliados."


Nota do Editor: Rafael Hadad é Presidente Fundador do Projeto EcoONDA.

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