Sentiu-se livre caminhando pelo imprevisível. O que era apreensão tornou-se uma espécie de alforria. Antes temerosa, agora estava aliviada. Toda a tensão ficou para trás. Andou pela cidade sem que ninguém a notasse. Pelo menos era assim que percebia. Era como se fosse invisível e isso era muitíssimo agradável. Olhares invasivos era tudo o que ela não desejava. No hotel a sensação foi a mesma. Estava só e feliz, leve. Depois de uma ducha quente, jantou e saiu. Era noite. Caminhou ao redor da praça que estava movimentada. Parecia um novo universo dentro de outros tantos que haviam ali. Não ficou por muito tempo, decidiu retornar para descansar um pouco. Deitada, não pensou muito. Leu o trecho de um livro que estava em sua bolsa havia um bom tempo. Logo o sono veio e adormeceu. Pela manhã, saiu novamente. Foi conhecendo novas ruas, trajetos, que a levaram a outros lugares. Além do confortável lar havia um mundo a ser descoberto.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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