Você que está aí, feliz, sem pesar Desculpe o mau jeito, é só o cansaço Daqueles que lutam, sem nada ganhar A estrutura lhes falta, um amparo, um alento A refrega contínua, a labuta incessante, pungente Ajuda, nem sempre Paliativos, equívocos As perdas constantes, desamor, desengano É o troco, é a sobra, resquícios da vida Desafeto, desonra, lamúria É o que resta... E você, aí, feliz, sem pesar Tentando enganar, Ludibriando aqueles que por mais que a luta lhes tire a vontade, acredite: não perderam o discernimento, a garra, a lucidez Você aí, sem pesar A mim só resta pensar, elaborar reconstruir, reorganizar.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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