Saltei. Não havia garantia, o instrutor parecia fragilizado, o equipamento não foi testado. Não procurei saber se seria seguro, tomei uma dose de coragem e parti. Embora tudo apontasse para o erro, foi bom. Eu estava leve, serena, disposta. Não havia rede de proteção, um risco enorme. Ainda assim caminhei rumo ao desconhecido e encontrei algo muito valioso. Foi rápido. Não houve garantias. Não há garantias. E isso não me pareceu tão assustador. Estava plena. Há os que saltam de pára-quedas. Parecem mesmo corajosos. E há os que saltam na vida diária, aos trancos, e sobrevivem. Esses corajosos costumam se fortalecer a cada aparente queda.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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