"A principal contribuição brasileira para o aumento do efeito estufa vem seguramente das queimadas", foi o que afirmou o professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Armosféricas da Universidade de São Paulo (USP), Pedro Leite da Silva. Para ele, o país tem uma matriz energética limpa com energia renovável, o que evita o aquecimento global. Segundo o professor, o Brasil tem tomado certas iniciativas para evitar as queimadas. "Nosso país é reconhecido hoje no exterior como tendo domínio sobre a técnica de monitoramento de queimadas", disse. "Nosso segundo passo agora deve ser a fiscalização e a definição de políticas públicas que controlem a expansão do desmatamento", afirmou o professor. No resto do mundo, o aquecimento global é um consenso. Hoje a grande maioria dos cientistas concorda que há, de fato, indícios de uma mudança no aquecimento e na mudança do padrão de alguns eventos como períodos quentes, muito frios, muito úmidos ou muito secos. Para o professor da USP, o Protocolo de Kioto apenas "arranha" o problema pois não traz um efeito positivo imediatamente. "Qualquer medida que tomemos hoje contra o aquecimento global só terá impacto daqui há muitos anos, porém é fundamental dar início ao processo", afirmou da Silva.
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