Mais que uma ação de marketing, uma necessidade
O aumento da conscientização da população mundial acerca dos graves prejuízos causados pelo mau uso dos recursos naturais é um fato. O efeito bumerangue, em que o homem passa a ser vítima de suas próprias ações, já está fazendo muita gente repensar o modo com que trata o planeta. A discussão está nas ruas assim como na cúpula decisória de diversos países. Enquanto muita gente alinhada com as principais questões globais pensa verde, não se pode fechar os olhos para ações de marketing que sugerem engajamento quando, na verdade, não há mudanças concretas de comportamento. Ou seja, não são tão verdes quanto apregoam. Em alguma medida, isso serve também para a indústria de tecnologia da informação e comunicação. Não basta que os engenheiros se debrucem sobre os projetos para aumentar sua eficiência, consumindo menos energia. É importante que o consumidor – seja ele individual ou empresa – faça uma opção concreta por produtos que agridam menos o meio ambiente e não contribuam para agravar uma questão ainda sem definições claras, pelo menos no Brasil: o lixo tecnológico. Eficiência energética passa a ser palavra de ordem em TI (Tecnologia da Informação). Haja vista o aumento de informações e a necessidade de armazenar, organizar e acessar cada vez mais dados, é preciso haver um controle sério, contemplando o monitoramento do uso de energia. Em curtíssimo prazo, a empresa que não tiver sua marca associada a ações de crescimento sustentável, ao uso racional de recursos naturais, ao respeito ao meio ambiente e à eficiência energética estará sujeita a ser vista pelo mercado como uma usurpadora do planeta. Maquiagem verde sai com água, não se sustenta. É preciso que as empresas efetivamente assumam um comportamento ecologicamente responsável. Uma medida eficaz e que vem ganhando mais e mais adeptos é a terceirização do Data Center. De modo geral, os ganhos relacionados à redução de energia, espaço e recursos humanos têm feito com que muitas empresas considerem essa estratégia que se enquadra na responsabilidade socioambiental. Delegar a tarefa do armazenamento de dados a uma empresa energeticamente eficiente e especializada nesse nicho de mercado pode ser considerada uma decisão mais estruturada e alinhada com as grandes questões globais da atualidade. Mas, não se pode esquecer que, através da adequação de servidores, tecnologias de virtualização e novos equipamentos para garantir o funcionamento e o resfriamento das máquinas, também é possível reduzir 20% do consumo de energia nas empresas. Na prática, é como se diminuíssemos um em cada cinco racks de um Data Center. Nota do Editor: Ezequias Sena é presidente da Online Brasil - www.onlinebrasil.com.br.
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