Hoje não tenho conselhos sensatos para oferecer, nem posso dizer que esteja otimista. Tenho muitos questionamentos, mas, na verdade, não sei se desejo encontrar uma resposta certeira, exata. (Como se a vida fosse feita de certezas.) Acredito que preciso de mais tempo para ficar só, já que estar em minha própria companhia tem sido um encontro feliz, na maior parte do tempo. Estou correndo de pessoas críticas, não por medo dos dedos apontados ferozmente em minha direção, mas porque esse tipo de gente precisa mesmo é de um espelho. O silêncio, nesse mundo de urros, berros, euforia, para mim é uma benção. Mergulho em um mundo à parte. Não é esquizofrenia, nem depressão. Dispenso diagnósticos, especialmente se vierem de leigos. Preciso de paz. Como diz uma amiga; “Eu não tenho depressão, as pessoas me deprimem”. Apoiado. Continuarei caminhando, resistindo, abraçando o que for saudável e deixando para trás tudo o que não acrescenta e que for possível evitar. Que venha apenas o que me fizer bem, porque o resto já foi varrido e seguramente afirmo: melhor assim.
Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
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