Sede de grandes eventos esportivos nos próximos anos, o Brasil tem a oportunidade de formar uma rede hoteleira em harmonia com o meio ambiente
Dia 5 de junho comemora-se o Dia Internacional do Meio Ambiente e datas marcantes como esta nos levam a refletir sobre os cuidados necessários à preservação da natureza em todos os seus aspectos. Entretanto, é importante analisar o quanto realmente está sendo feito para reduzir os efeitos das atividades humanas no ambiente em que vivemos. Poluição, desmatamento, falta de saneamento básico, entre outros problemas, exigem medidas diferenciadas que resultem em soluções viáveis e duradouras. No Brasil, percebe-se o aumento da conscientização de representantes do governo, de empresários e cidadãos comuns no que diz respeito a este tema e algumas ações pontuais já são colocadas em prática. Sabemos, entretanto, que ainda são insuficientes. Com o advento da Copa do Mundo e da Olimpíada, o Brasil tem uma chance de intensificar essas ações num setor de grande potencial: o hoteleiro. As belezas naturais do País, o clima agradável e a cultura variada atraem, anualmente, milhares de turistas de todo o mundo, o que por si só tem incentivado o crescimento da estrutura hoteleira nacional e despertado o interesse de redes de hospedagem internacionais. Os eventos esportivos serão um estímulo a mais a este segmento que tem se demonstrado pujante nos últimos anos. O Ministério do Turismo anunciou, recentemente, a liberação de nova linha de crédito de R$ 1 bilhão para o setor hoteleiro, seja para construção ou reforma de estabelecimentos hoteleiros no País. Estima-se que mais de 45 mil leitos sejam disponibilizados nos próximos anos. Estes dados evidenciam uma importante oportunidade do setor dar um salto nos índices de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, com a introdução de tecnologias eficientes e adequadas. Neste contexto, chama a atenção um aspecto em especial: diversas regiões que receberão estes empreendimentos contam com baixos índices de saneamento básico e infraestrutura de água e esgoto. A realização de investimentos nestas localidades poderá mudar essa situação de forma bastante significativa, não apenas pela ação pública em obras de grande porte, como pela iniciativa de empresários e construtores ao utilizarem estações de tratamento de esgoto, que tem efeitos muito positivo para a preservação de recursos hídricos. Estes produtos estão disponíveis no mercado em várias configurações, atendendo às diferentes necessidades. Alguns possibilitam o reúso da água tratada em aplicações não potáveis, o que intensifica os benefícios deste tipo de equipamento. Na teoria e na prática, as estações de tratamento de esgoto cumprem um papel fundamental na preservação ambiental também no setor hoteleiro. Empreendimentos que adotam a “limpeza” do esgoto antes de seu descarte impedem que rios, mananciais e mares sejam poluídos por despejos domésticos – fator imprescindível para vários empreendimentos instalados em verdadeiros paraísos naturais. O reúso da água tratada possibilita a economia de milhares de litros de água originária de lençóis freáticos e redes de abastecimento, caracterizando-se como uma ação ambiental das mais corretas. As questões ambientais já não podem se limitar ao campo das ideias, é preciso ação. E este é o momento do Brasil atuar de forma incisiva nas deficiências estruturais, que ainda impedem o seu desenvolvimento integral. Nota do Editor: Giovani Toledo é Gestor da Unidade de Negócios Mizumo, empresa especializada em sistemas compactos de tratamento de esgoto sanitário que pertence ao Grupo Jacto.
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