Estamos observando hoje o planeta reagindo de forma violenta contra a irresponsabilidade dos homens com o meio ambiente. Entre o progresso e a preservação da natureza, o ser humano sempre pendeu para o crescimento econômico. Vemos com naturalidade a maior valorização dos produtos industrializados e não damos o devido valor aos bens naturais, que ainda temos de graça. Destruímos em nome do desenvolvimento e do bem-estar. Com isso, já podemos sentir "a vingança" da natureza e mudanças climáticas inesperadas. Multiplicam-se os furacões, os vendavais, as enchentes e as queimadas que destroem cidades ao redor do mundo, como no México e nos Estados Unidos, recentemente açoitados por desastres naturais. Por aqui, São Paulo e Santa Catarina, por exemplo, estão sendo castigados pelas chuvas. São dramas que ganham destaque de toda a imprensa, substituindo o repetitivo noticiário sobre os efeitos da crise econômica mundial. Mas, se esses assuntos parecem ter a mesma importância para os veículos de comunicação, não devem ser tratados da mesma maneira pela sociedade. Com o que temos que nos preocupar mais? Com nossa economia e progresso tecnológico ou com a preservação do meio ambiente? É dessa maneira que devemos refletir a respeito. Por pior que uma crise possa parecer, ela tende a ser resolvida e a situação, a qualquer momento, será normalizada. O mesmo não acontece com o meio ambiente, depois que um recurso é extinto. Diante de um desastre, não temos mais como voltar atrás. O planeta, herança para nossos filhos e garantia de nossa própria saúde, precisa ter prioridade. Devemos todos fazer a nossa parte: iniciativa privada, sociedade civil e poder público. Nota do Editor: Vanessa Damo é deputada estadual, formada em desenho industrial e com MBA em gestão ambiental.
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