26/11/2024  21h42
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
COLUNISTA
Sayonara Lino
01/09/2009 - 12h16
Solitários acompanhados
 
 

Vez ou outra ainda fico surpresa com a expressão entediada dos solitários acompanhados. São aqueles que preferiram apelar para uma companhia que não seja exatamente compatível do que trilhar um caminho individual e aguardar um pouco mais para que alguém mais apropriado dê o ar da graça. É claro que isso exige uma certa dose de paciência e esperança, talvez por isso exista tanta gente insatisfeita: a dois.

Geralmente esse é o perfil dos mais carentes, que consideram dolorosa demais a própria companhia. Alguns não se suportam, os próprios pensamentos os deixam desatinados. Pulam fora e esbarram com outros que também buscam simplesmente alguém. Para formar uma dupla é um pulo.

Outro dia observei um casal cujo perfil eu já conhecia havia algum tempo. Ela sempre foi agitada, falante, baladeira, festiva, contente. Sempre desejou um parceiro com tais características. Por estar passando por um momento difícil, laçou o primeiro que lhe estendeu a mão: submisso, introspectivo, calado, todo beje. Faz tudo o que ela pede, ou melhor, manda. Não está feliz, mas ficar sozinha no momento seria quase um castigo.

Nada contra a união, pelo contrário, não acredito no isolamento como alternativa para uma vida mentalmente saudável. Apenas acredito que insistir em um relacionamento com alguém que não tenha nada a ver com o seu número pode solapar as chances de encontrar alguém mais adequado.

“Primeiro o Homem não sabia estar só. Andava sempre em hordas ululantes. E quando, por acaso, desgarrava dos demais, uivava até morrer. Era, assim, o medo que juntava os homens, e repito: - A multidão nasceu do medo. O ser humano só se tornou humano, e só se tornou histórico, quando aprendeu a estar só.” Não escrevi isso. Foi Nélson Rodrigues, e aposto em sua reflexão.


Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. É colunista do Literário e também do Sorocult.com.
PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
ÚLTIMAS DA COLUNA "SAYONARA LINO"Índice da coluna "Sayonara Lino"
21/09/2013 - 10h01 Sobre não entender
30/08/2013 - 09h01 Lições de vida
19/07/2013 - 15h00 Há tempo
08/07/2013 - 15h00 Falta
28/06/2013 - 15h00 Maquiagem
17/06/2013 - 15h37 Pedaços
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.